REVIRAVOLTA: “Não foi crime passional”, diz irmã de mulher morta por policial militar em Salvador
REVIRAVOLTA: “Não foi crime passional”, diz irmã de mulher morta por policial militar em Salvador
A estudante universitária Ekelânia Faro, morta durante uma briga com o soldado da Polícia Militar Edson Trindade dos Santos, não tinha envolvimento amoroso com o acusado — diferente do que foi amplamente noticiado após o crime.
Esta nova versão foi dada na tarde deste sábado (9/1) ao Aratu Online pela irmã da vítima, Everlady Faro. Ela contou detalhes da relação entre sua irmã e o policial.
Revelou, por exemplo, que eles se conheceram na faculdade, onde cursaram direito. E reforçou que o vínculo entre eles nunca passou de “amizade”.
O elo teria se tornado mais forte por conta das ações violentas do ex-marido de Ekelânia. “Sempre que acontecia alguma coisa na casa da minha irmã, Edson dava apoio na segurança, mandava viatura ao local ou ia pessoalmente. A partir daí, nasceu a amizade entre eles”, detalha Everlady Faro.
A quatro dias do último Réveillon, o soldado da PM teria dito à Ekelânia que “estava apaixonado e queria se casar com ela”. Ele teria comprado até um par de alianças para a desejada ocasião. A jovem, entretanto, recusou a proposta — o que teria motivado a ira do policial após sofrer uma rejeição de um amor platônico (definição para quando apenas uma das partes está interessada em manter a relação).
O caso
A Polícia Militar, por meio de nota, disse que Ekelânia Faro era companheira de Edson. Segundo moradores do Conjunto Residencial Trobogy, por volta de 1h30 de sexta-feira (8/1), foram ouvidos disparos de arma de fogo e, momentos depois, o corpo dela foi encontrado dentro do apartamento 002 do Edifício Managé.
Edson Trindade dos Santos chegou a pedir socorro aos companheiros policiais militares e fugiu em seguida. Ele continua foragido e o caso está sendo investigado pelo delegado Marcelo Sansão, titular da 2ª DH/Atlântico.
O corpo da vítima foi enterrado no município de Itabaiana, em Sergipe.