Geral

MP-RJ vai analisar questionamentos de advogada sobre investigação de estupro

MP-RJ vai analisar questionamentos de advogada sobre investigação de estupro

Por Da Redação

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) se reuniu na noite do último sábado (28/5) com a advogada da adolescente que denunciou ter sido vítima de estupro coletivo para ouvir questionamentos em relação à investigação da Polícia Civil. O órgão vai avaliar os pedidos para, então, dar uma resposta às ponderações apresentadas.


As advogadas Eloisa Samy e Caroline Bispo não detalharam quais pedidos foram feitos ao MP-RJ. Eloisa afirmou, porém, que o caso foi tratado de forma “machista e misógina” em depoimento prestado na última sexta-feira (27/5) pela vítima à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).


“O que me incomodou foi o machismo e a misoginia (repulsa, desprezo e ódio à mulher) com que o delegado está tratando desse caso específicamente, desconsiderando o estupro, colocando o estupro como um crime menor”, afirmou Eloisa. “Quero, primeiro, que se encontre os responsáveis por esse crime, e que a vítima seja tratada com o respeito que ela merece”, acrescentou.


A advogada disse ainda que seria melhor que uma delegada mulher cuidasse do caso. “O que eu acho não faz a menor diferença. Eu acho que deveria ser uma delegada. De onde, eu não sei. Isso não é da minha competência, e também não é da competência do Ministério Público determinar.”


A promotora de justiça Lúcia Iloízio, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Violência Doméstica contra a Mulher, e o procurador de Justiça Márcio Thomé, coordenador de Direitos Humanos do MP-RJ, receberam as advogadas. A promotora afirmou que as ponderações serão analisadas, assim como os autos do inquérito.


“Essa análise vai ser feita de forma muito criteriosa pelo Ministério Público, e, se for o caso, inclusive, de posse dos autos do inquérito. Tem que ser avaliado exatamente tudo que consta nos autos do inquérito. Essa é a primeira premissa que a gente pode informar”, disse a promotora.


O coordenador de Direitos Humanos do MP-RJ considera o crime de estupro uma “aberração”, e destacou que o Ministério Público recebeu as advogadas por estar preocupado com a vulnerabilidade da vítima, que é menor de idade, mulher e está exposta desde a divulgação do crime.


Durante a tarde, a Polícia Civil já havia divulgado uma nota em resposta aos questionamentos da advogada, e afirmou que a investigação está sendo conduzida de forma técnica e imparcial pela DRCI. Além disso, a polícia ressalta que a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ), vai acompanhar o caso, e até já nomeou o presidente da Comissão de Segurança Pública da ordem, o advogado Breno Melaragno, para isso.


Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Aratu On

O Aratu On é uma plataforma focada na produção de notícias e conteúdos, que falam da Bahia e dos baianos para o Brasil e resto do mundo.

Política, segurança pública, educação, cidadania, reportagens especiais, interior, entretenimento e cultura.
Aqui, tudo vira notícia e a notícia é no tempo presente, com a credibilidade do Grupo Aratu.

Siga-nos

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.