Meninas até 14 anos são maiores vítimas de violência sexual, aponta Atlas da Violência
O relatório foi feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Meninas de 0 a 14 anos foram, proporcionalmente, as maiores vítimas de violência sexual no Brasil em 2022, revela o Atlas da Violência divulgado nesta terça-feira (18/6). O relatório foi feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A agressão sexual representa quase um terço dos casos de violência contra bebês e crianças do sexo feminino de até 9 anos (30,4%). Na faixa etária seguinte, o número é ainda mais assustador: quase metade das violências sofridas por meninas de 10 a 14 anos teve caráter sexual (49,6%).
Com o avançar da idade, o percentual de violência sexual vai caindo. Entre adolescentes do sexo feminino de 15 e 19 anos, a agressão sexual corresponde a 21,7%. De 20 a 24 anos, 10,3% das violências sofridas por mulheres são de caráter sexual. A redução nas outras faixas etárias é gradual e chega a 1,1% entre mulheres com 80 anos ou mais.
Os dados usados no Atlas têm como base o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde.
Em 2022, entre as vítimas de 0 a 9 anos, a violência mais frequente foi a negligência, com 37,9% dos casos, seguido de violência sexual com 30,4%.
Na faixa etária de 10 a 14 anos a violência sexual se torna prevalente – tal violação foi apontada em 49,6% dos registros do Sinan. A partir dos 15 até os 69 anos, ou seja, em toda a vida adulta da mulher, a violência física passa a ser a mais comum: na faixa etária de 15 a 19 anos esteve presente em 35,1% dos casos de violência, chegou a 49% entre mulheres de 20 a 24 anos e se manteve acima dos 40% até os 59 anos.
A partir dos 70 anos, a negligência volta a ser uma forma de violência bastante presente na vida das mulheres, crescendo até o fim da vida.
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