Justiça liberta brigadistas suspeitos de queimadas na Amazônia
Justiça liberta brigadistas suspeitos de queimadas na Amazônia
A Justiça do Pará determinou que os quatro brigadistas presos na última terça-feira (26/11) por suposto envolvimento com as queimadas que atingiram a Área de Proteção Ambiental (APA) Alter do Chão, em Santarém, no oeste paraense, fossem soltos. Titular da 1ª Vara Criminal de Santarém, o juiz Alexandre Rizzi concedeu liberdade provisória aos quatro dirigentes da organização não governamental (ONG) Brigada de Incêndio Florestal de Alter do Chão.
Na última terça (27/11), o mesmo magistrado negou o pedido da defesa dos brigadistas e determinou a permanência da prisão preventiva por, ao menos, dez dias, com o objetivo de permitir que os investigadores aprofundassem as investigações a respeito das causas e dos responsáveis pelas queimadas que se espalharam pela unidade de conservação em setembro deste ano.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o governador, Helder Barbalho, alega estar preocupado com o episódio que resultou nas prisões preventivas. “O caso requer atenção e toda a transparência necessária. Ninguém está acima da lei, mas, ao mesmo tempo, ninguém pode ser vítima de prejulgamento ou ter seu direito à defesa cerceado”, declarou Barbalho, sem explicitar o porquê da troca do delegado responsável pelo inquérito.
Segundo a Polícia Civil, os quatro brigadistas são suspeitos de ter causado os incêndios que atingiram a Área de Proteção Ambiental (APA) Alter do Chão em setembro para se autopromover e também para obter doações de outras organizações não governamentais.
Por sua vez, a WWF-Brasil confirmou ter repassado cerca de R$ 70 mil ao Instituto Aquífero Alter do Chão, organização responsável por manter as atividades da brigada. Segundo a WWF-Brasil, o montante transferido foi para viabilizar a compra de equipamentos de combate a incêndios florestais como abafadores, sopradores, coturnos e máscaras de proteção usados pelos brigadistas.
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