Governo chinês tenta combater o rápido envelhecimento da população e permite que casais tenham até três filhos
O governo chinês concordou em aumentar a idade de reforma, para manter mais pessoas no mercado de trabalho e melhorar as pensões e os serviços de saúde.
O Partido Comunista Chinês (PCC) autorizou nesta segunda-feira (31/5) a ampliação dos limites de natalidade do país. A nova regra permite que cada casal tenha até três filhos. O governo afirma que a decisão foi tomada após dados internos apontarem que a taxa de natalidade vem caindo desde 2017.
A medida tem como objetivo combater o rápido envelhecimento da população, pois os resultados dos últimos censos demostraram um declínio dramático na taxa de natalidade.
Em 2016 foi abolida a política do filho único e o nascimento do segundo filho foi autorizado e casais chineses passaram a poder ter dois filhos. Contudo, essa nova medida não conseguiu levar a um aumento sustentado da natalidade no país devido ao alto custo de vida nas cidades chinesas.
A mudança de política será acompanhada por “medidas de apoio, que irão melhorar a estrutura populacional do país, cumprindo a estratégia de lidar ativamente com o envelhecimento da população e manter a vantagem na dotação de recursos humanos”.
O país asiático tem uma população de 1,4 bilhão de habitantes, segundo resultados do censo realizado em 2020. O documento aponta que a população chinesa cresceu ao ritmo mais lento das últimas décadas. Em média, houve um crescimento anual de 0,53% ao longo dos últimos dez anos, abaixo dos 0,57% registrados entre os anos 2000 e 2010. Os censos preveem que a população chinesa pode começar a cair já a partir do próximo ano.
Diante desse cenário, o governo chinês concordou em aumentar a idade de reforma, para manter mais pessoas no mercado de trabalho e melhorar as pensões e os serviços de saúde.
A população em idade reprodutiva diminui a um ritmo acelerado, enquanto a faixa etária dos 65 anos aumenta exponencialmente. Com isso, o número de pessoas em idade reprodutiva deve cair pela metade em 2050, o que aumentaria a “taxa de dependência”, ou seja, o número dos que dependem de cada um trabalhar para gerar receita a fim de pagar as pensões, os impostos de saúde e outros serviços públicos.
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