Felipe Nauã: alvo da SSP que executou amante da namorada e participou de triplo homicídio em praia é morto pela PM

Um dos autores do triplo homicídio ocorrido na praia de Jaguaribe, em Salvador, identificado como Felipe Nauã Fiúza Moreira de 25 anos, morreu neste sábado (17/4) após trocar tiros com agentes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Polo Industrial (PI) na cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana.

De acordo com informações fornecidas pela Secretaria de Segurança da Bahia, os policiais estavam em uma ação na BR-324 na sexta-feira (16/4) para capturar os envolvidos em um roubo a banco na cidade de Ubaíra quando três homens tentaram furar a blitz e dispararam com arma de fogo. Houve confronto e os criminosos acabaram fugindo por um matagal. No dia seguinte, os agentes iniciaram as buscas pelo trio e encontraram o acusado ferido. 

"As equipes entraram pela madrugada procurando o trio e, no início da manhã, acharam um dos homens ferido. Ele foi socorrido para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu", explicou o comandante da Cipe PI, major Moisés Travessa. O oficial acrescentou que, na oportunidade, Felipe utilizava uma identidade falsa e estava com uma pistola calibre 380, carregador, munições e porções de drogas.

Outro comparsa foi localizado, pouco depois, vivo no matagal, e preso em flagrante. O terceiro envolvido acabou fugindo.

TRIPLO HOMICÍDIO EM JAGUARIBE 

O triplo homicídio ocorreu dia 5 de janeiro. Dois homens desceram até a faixa de areia e dispararam contra um grupo de pessoas que estava no local. Na ação, outras pessoas correram e acabaram baleadas.

O alvo do ataque era um homem identificado como Lucas Santos de Souza, de 27 anos, que morreu na areia. Além dele, a estudante Juliana Celina da Santana Silva Alcântara, de 20 anos, estava na praia com a mãe e próxima a Lucas, também foi baleada e morreu no local. O adolescente Igor Oliveira Lima Filho, de 17 anos, também não resistiu aos ferimentos e morreu na UPA.

No dia seguinte ao crime, dois homens foram presos suspeitos de envolvimento no ataque na praia. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, a dupla recebeu R$ 30 e R$ 50 para checar se havia blitz na Avenida Octávio Mangabeira, confirmar que o alvo do atentado estava na areia e, depois dos homicídios, dar fuga aos homens armados.

O terceiro homem que fazia serviço de táxi na região e também participou do crime foi preso no dia 8 de janeiro. O taxista confessou ter feito o transporte dos primos Felipe Fiúza e Caio Fiúza, até o local do crime e depois buscou os atiradores, no bairro de Itapuã.

CRIME EM ÁGUAS CLARAS

Felipe Fiúza, que estava no Baralho do Crime da SSP, também é acusado de ser autor da execução de um adolescente de 16 anos, Victor Teles de Souza, no bairro de Águas Claras. Em 2017, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apurou que a vítima tinha um relacionamento com a namorada de Felipe. 

A Polícia Civil também descobriu que Felipe flagrou uma conversa da companheira com Victor no WhatsApp, onde havia fotos íntimas da mulher. Ele, então, marcou um encontro com o rapaz e cometeu o crime. 

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