FEIRA DE SANTANA: Após 50 dias de ocupação, movimento estudantil deixa reitoria da UEFS
FEIRA DE SANTANA: Após 50 dias de ocupação, movimento estudantil deixa reitoria da UEFS
O prédio da reitoria da Universidade Estadual de Feira de Santana foi desocupado nesta quinta-feira (22/12). As informações são do site acordacidade. A decisão foi tomada após reunião com a Administração Central, na qual foi assinado documento final de negociação. De acordo com nota do movimento Ocupa Uefs, durante os 50 dias de ocupação foram pautadas 38 reivindicações concernentes às demandas do movimento estudantil, distribuídas entre nacionais, estaduais e internas.
O movimento decidiu em assembleia na última segunda-feira (19/12) pelo fim da ocupação. As aulas devem ser retomadas no dia 1º de fevereiro conforme decisão do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consep) da Uefs.
Leia a nota da íntegra:
Nota da Ocupa UEFS referente a desocupação do prédio da reitoria UEFS. Nota já lida na ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES (AGE), do dia 21 de dezembro de 2016.
O movimento Ocupa Uefs, que ocupa a reitoria da Universidade Estadual de Feira de Santana desde o dia 1 de novembro de 2016, de acordo com votação e aprovação em AGE desse mesmo dia, vem por meio desta nota explicitar o fim das negociações de suas pautas com a Administração Central da UEFS. Durante os 50 dias de ocupação foram pautadas 38 reivindicações concernentes às demandas do movimento estudantil, distribuídas entre nacionais, estaduais e internas. No que diz respeito às pautas nacionais, a principal reivindicação do movimento foi contra a PEC 55 (antiga 241), que foi aprovada no Senado Federal no último dia 13, o movimento reitera que as mobilizações contra essa medida não se encerraram, e tem por responsabilidade se engajar junto com outros setores sociais objetivando a derrubada desta medida antipopular.
No tocante às pautas a nível estadual, o movimento conseguiu uma reunião com o subsecretário de educação do estado, na tentativa de obter algum avanço na garantia de demandas históricas tanto do movimento discente como do movimento docente, a saber, 7% da RLI para as universidades estaduais e 1% da mesma especificamente para a permanência estudantil, sem esquecer de outras questões que vêm se acumulando no decorrer do tempo como a ampliação do R.U., das residências e o retorno das viagens de campo. Nesse sentido, não houve avanços significativos em relação as pautas orçamentárias, no entanto, o subsecretário se comprometeu a interceder para que haja a liberação do recurso necessário para a conclusão da obra de ampliação do R.U.
As pautas também diziam respeito a questões locais, relacionadas a orçamento, permanência estudantil, infraestrutura e direitos humanos desta universidade, neste sentido deve-se considerar um avanço significativo destas pautas, que seguem anexadas nesta nota em documento final assinado pela reitoria, o movimento salienta que algumas pautas exigem um tempo de acompanhamento para serem realmente implementadas, por necessidade de submissão a conselhos e fóruns, desta maneira foi tirada uma comissão estudantil permanente para negociação e acompanhamento destes trâmites, a comissão é composta por Zenilda, Sirlene, Pedro, Kirlyan, Udmila, Plínio, Lázaro, Nácia, Estefane e Marcus. Diante dos compromissos firmados com a Administração Central durante as negociações, o movimento estudantil tem como responsabilidade criar canais de atuação visando efetivação das pautas acordadas, pois a conclusão das mesmas depende desta articulação.
No decorrer desse processo o movimento sempre se posicionou de maneira autônoma, tendo em vista a necessidade de concretização dos seus anseios, desta maneira compreende que era necessário a finalização da negociação de todas as suas pautas, para, a partir daí avaliar o processo de ocupação/greve estudantil, tendo alguns dos principais objetivos alcançados. Deste modo, em decorrência de reunião com a Administração Central, em que foi assinado documento final de negociação, o movimento deliberou em sua assembleia do dia 19/12/16 pelo fim da ocupação até esta quinta, dia 22/12/16 e entende a partir do atual contexto e das decisões do último CONSEPE a viabilidade da finalização da greve estudantil.
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