Em setembro, jovens promovem primeira Virada de Educação de Salvador
Em setembro, jovens promovem primeira Virada de Educação de Salvador
Educação é daqueles assuntos amplos que todos concordamos serem imprescindíveis para o desenvolvimento saudável de qualquer sociedade, ideia que geralmente acaba ficando somente no discurso. Nesse âmbito, Salvador segue na já conhecida cultura do comodismo, deixando a capital à mercê de movimentos do governo ou se contentando, vez ou outra, em estar dentro da programação de um projeto nacional. São raras as iniciativas vindas da própria sociedade.
Um grupo da nova geração pensante da cidade resolveu ir contra essa letargia. Inspirados na Virada da Educação que aconteceu no ano passado em São Paulo, os jovens trazem o evento para o cenário soteropolitano buscando ser vitrine para quem trabalha ou gosta de falar sobre educação em grande, média ou pequena escala, promovendo acesso a atividades artísticas, pedagógicas e, principalmente, a integração de quem compartilha desse interesse em comum.
Unidos por acreditar que o tema é pouco prestigiado pelos baianos, os entusiastas querem colocar às vistas do público, e dos próprios educadores, que, em especial, a juventude de Salvador sente uma carência latente de eventos fomentadores que dêem espaço, vez e voz a quem não tem oportunidade de mostrar seu trabalho nessa área. Oficinas de teatro, música, cinema, dança, além de debates abertos a quem quiser entrar na roda estão previstos na pauta.
?A gente sabe que em Salvador três grandes temas essenciais são muito valorizados, principalmente pela mídia: turismo, saúde e segurança pública. A educação perpassa por tudo isso, mas é algo de que não se fala tanto. Identificamos que a cidade não possui uma estrutura aberta, articulada, disponível para quem tiver interesse nos variados segmentos. Desde a educação formal, a que vemos nas escolas, até a informal, vista na arte e também aqui, durante essa conversa por exemplo.
Além disso, acreditamos na empoderação do professor como disseminador da opinião pública, e da criança, como semente dela?, me disse Alan Carvalho, representante do movimento.
Organizada originalmente pelas redes sociais, a Virada pode ser considerada produto de algo notável. É mais uma demonstração de que a dita ‘geração conectada’ consegue se valer dos adventos digitais canalizando-os para evidenciar deficiências há muito detectadas e, ainda assim, deixadas de lado. Nada mais válido do que incentivar esse tipo de proatividade.
Voluntários, interessados em apoiar a causa e em conhecer mais o projeto são, claro, muito bem vindos. “Até agora nossos grandes replicadores foram amigos do Facebook, e vocês, do Aratu Online. Já temos uma boa adesão, mas estamos no aguardo de que outros veículos, entidades, repartições e autoridades conheçam e, quem sabe, nos ajudem a levar a ideia adiante”, revelou Alan.
Acontecendo também em outros estados, a Virada da Educação 2015 já tem data e local marcados na Bahia. Em 26 de setembro, das 9h às 18h na Praça do Sol de Periperi, aqui na capital, essa galera e muito mais gente bacana vai estar reunida para um dia de muito papo, debate, arte, música e conhecimento. Você pode ajudar e conhecer mais da proposta pelo site: http://viradaeducacionals.wix.com/site.
Te vejo lá.