Em cinco anos, pequenos agricultores receberam R$ 1 bi em investimentos
Em cinco anos, pequenos agricultores receberam R$ 1 bi em investimentos
Mais de R$ 1 bilhão foram investidos em políticas públicas e ações de fomento à agricultura familiar desde 2015. Os dados, fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), reforçam o investimento no desenvolvimento rural da Bahia.
O dinheiro promove geração de renda, emprego, produção de alimentos saudáveis, inclusão de gênero e geracional, garantia da sucessão rural e produção sustentável. Tudo isso reforça a força de desenvolvimento chamada agricultura familiar.
Só para se ter ideia da “força” dos pequenos agricultores, a Bahia é o estado que possui o maior número de estabelecimentos nesse formato, com cerca de 700 mil. De quebra, tal setor é responsável pela produção de 77% dos alimentos que chegam à mesa dos baianos.
Exemplos de sucesso são muitos. Um deles é a “Bahia Cacau”, primeira fábrica de chocolates finos e beneficiamento de cacau proveniente da agricultura familiar no Brasil. Fundada e gerida pela Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (COOPFESBA), a empresa e sua loja de fábrica, inaugurada em 2017 no município de Ibicaraí, representam uma mudança na maneira como os pequenos produtores se posicionam frente ao grande mercado consumidor mundial.
Com investimento inicial de R$ 1,5 milhão do Governo do Estado, a empresa beneficia 300 famílias de produtores de cacau do município de Ibicaraí e de cidades do entorno, como Coaraci, Buerarema, Itajuípe, Uruçuca e Floresta Azul.
A Bahia Cacau produz barras e bombons com 35%, 50%, 60% e 70% de cacau; amêndoas torradas e processadas em nibs. Além disso, o tipo de produção é diferenciado. Segundo o presidente da COOPFESBA, Osaná Crisóstomo, o cultivo é feito dentro da floresta, num sistema conhecido como ?cabruca?, sob a sombra das árvores da Mata Atlântica.
O desafio é agregar valor e melhorar a renda dos agricultores familiares. ?Nosso objetivo não é vender apenas a amêndoa de cacau, mas o chocolate e seus derivados, com níveis de cacau elevados, produzidos com sustentabilidade e consciência de preservação do meio ambiente. Além, é claro, de ajudar nas rendas das famílias?, explica.
INVESTIMENTOS
Na ótica da Secretaria de Desenvolvimento Rural, o cacau é um símbolo do Sul da Bahia e, através dos investimentos contínuos, tem retomado o seu papel de destaque na economia local. Para tanto, as ações vão desde a tecnologia para criar melhores mudas, capacitação dos agricultores, incentivo à fabricação de chocolates finos e melhores estradas para escoar a produção.
Os investimentos da gestão estadual estimam atender cerca de 20 mil agricultores, além de prever o desenvolvimento de ações estratégicas que permitirão elevar, em cinco anos, a produção de cacau na Bahia para 240 mil toneladas/ano até 2022 e consolidar a fabricação de chocolates finos com certificado de origem no Sul da Bahia, por meio da instalação de 20 agroindústrias.
Ainda segundo a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), as ações do Plano Operacional para o Cacau e Chocolate da Bahia 2018 ? 2022 incluem a abertura de linha de crédito específica para a lavoura cacaueira, subsídios para produção de mudas e insumos; criação e indicação geográfica da produção do cacau; preservação da Mata Atlântica; prospecção de novos mercados; capacitação profissional; regularização fundiária e ambiental; difusão tecnológica; assistência técnica e extensão rural (ATER); capacitação; educação; gestão e empreendedorismo e infraestrutura rural.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuonline.com.br/aovivo e no www.aratuonline.com.br/lives. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.