'Ela apertava a mão, puxava o dedo', diz pai de bebê que se mexeu em velório
O médico perito responsável pelo laudo afirmou que sensações de calor e pulso e saturação no oxímetro durante o velório podem ter sido causadas por outros fatores
O Ministério Público divulgou o primeiro laudo cadavérico emitido pela Polícia Científica, nesta segunda-feira (21/10), que confirma o óbito da bebê Chiara Crislayne de Moura dos Santos, de apenas oito meses. A criança teria se mexido e apresentado saturação durante o velório, em Correia Pinto, Santa Catarina.
Os bombeiros foram ao velório após um farmacêutico, chamado pela família, identificar saturação e batimentos fracos, com o uso de um oxímetro. O corpo de bombeiros constatou que, apesar da falta de rigidez nos membros inferiores e batimentos fracos, não havia atividade elétrica no coração. O bebê foi levado ao hospital, onde foi constatada a morte novamente.
O laudo divulgado pelo Ministério Público informa que o horário da morte foi aquele em que o óbito foi declarado no hospital pela primeira vez. O médico perito responsável pelo laudo afirmou que sensações de calor e pulso e saturação no oxímetro durante o velório podem ter sido causadas por outros fatores.
As autoridades aguardam o laudo anatomopatológico, que deve esclarecer a causa da morte. O Ministério Público segue acompanhando as investigações para apurar se houve irregularidade durante o atendimento da criança no hospital.
"Ela apertava a mão, puxava o dedo", diz pai
A família espera por respostas. “Se ela saiu mesmo morta do hospital às 3h30 da manhã, a gente quer resposta do porque tinha batimento e saturação ela às 19h”, diz o pai da menina, Cristiano dos Santos. "Você colocava a mão nela e sentia que ela apertava a mão, puxava o dedo", contou.
Cristiano conta que o momento em que detectaram sinais vitais foi “assustador, mas também de esperança, a gente já estava praticamente aceitando a ida dela”. Ele também relata que o oxímetro apresentava uma saturação de 84, e que os oficiais se emocionaram ao perceber os sinais e levá-la ao hospital.
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