Saiba mais sobre condição rara que afeta o guitarrista Aroldo Macêdo

Referência da guitarra baiana e um dos herdeiros do trio elétrico, Aroldo Macêdo foi diagnosticado com uma doença neurodegenerativa rara e grave

Por Bruna Castelo Branco.

O guitarrista Aroldo Macêdo, de 67 anos, referência da guitarra baiana e um dos herdeiros do trio elétrico, foi diagnosticado com Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP), doença neurodegenerativa rara e grave. Diante do quadro de saúde, familiares, músicos, colegas de Carnaval e admiradores lançaram, nos últimos dias, uma campanha solidária em Salvador para arrecadar recursos destinados ao tratamento.

A iniciativa, intitulada “Vamos Sem Medo, Aroldo Macêdo”, busca viabilizar o atendimento imediato exigido pela condição clínica. As doações podem ser feitas via Pix, pela chave 59240210768 (CPF), em nome de Margarida Maria Oliveira dos Santos Macedo, ou por transferência bancária para o Nubank (260), agência 0001, conta corrente 4189159-3.

O guitarrista Aroldo Macêdo, referência da guitarra baiana e um dos herdeiros do trio elétrico, foi diagnosticado com uma doença neurodegenerativa rara e grave. | Foto: Redes Sociais

Filho de Osmar Macêdo, Aroldo tem papel relevante na história da música baiana, e é reconhecido pela consolidação da chamada segunda guitarra baiana nos desfiles de Carnaval. Segundo o guitarrista Armandinho Macêdo, irmão de Aroldo, o problema de saúde apresentou evolução mais intensa nos últimos meses, com redução de movimentos e dificuldades na fala. Como narrou o artista, é uma doença irreversível e de progressão agressiva.

Qual é a doença de Aroldo Macêdo?

A Paralisia Supranuclear Progressiva provoca o declínio progressivo de neurônios e compromete funções motoras e cognitivas. Pessoas próximas relatam que os primeiros sinais surgiram há cerca de dois anos, quando Aroldo passou a enfrentar dificuldades para tocar guitarra, o que motivou a busca por acompanhamento médico.

 Pessoas próximas relatam que os primeiros sinais surgiram há cerca de dois anos, quando Aroldo passou a enfrentar dificuldades para tocar guitarra. | Foto: Redes Sociais

A PSP é uma doença cerebral rara que afeta a marcha, o equilíbrio, os movimentos oculares e a deglutição, sendo causada por danos a células de áreas do cérebro responsáveis pelo movimento corporal, coordenação e pensamento. Também é conhecida como síndrome de Steele-Richardson-Olszewski. A condição tende a se agravar com o tempo e pode levar a complicações como pneumonia e dificuldade para engolir. Não há cura, e o tratamento é voltado ao controle dos sintomas.

Entre os principais sintomas estão perda de equilíbrio ao caminhar, com quedas frequentes — especialmente para trás —, dificuldade de focar os olhos, visão turva ou dupla, rigidez muscular, fala lenta ou arrastada, dificuldade para engolir, sensibilidade à luz intensa, alterações do sono, depressão, ansiedade e dificuldades cognitivas. Em estágios mais avançados, podem ocorrer comportamentos impulsivos e alterações na expressão facial.

A causa da Paralisia Supranuclear Progressiva é desconhecida. Pesquisas indicam a presença excessiva da proteína tau em células cerebrais danificadas, alteração também observada em doenças como o Alzheimer. O principal fator de risco identificado é a idade, com maior incidência entre pessoas no final dos 60 e 70 anos. A doença é rara em indivíduos com menos de 40 anos.

As complicações estão associadas, principalmente, à lentidão e dificuldade dos movimentos musculares e incluem quedas com risco de traumatismos, dificuldade visual, distúrbios do sono, engasgos e aspiração de alimentos, além de pneumonia, considerada a principal causa de morte entre pacientes com PSP. Para reduzir riscos, profissionais de saúde podem recomendar o uso de sonda de alimentação, andadores ou cadeira de rodas. Pessoas que apresentem sintomas compatíveis devem procurar avaliação médica.

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