Os corpos dos detentos mortos no massacre que matou 60 internos do Sistema Penitenciário de Manaus começaram a ser enterrados, nesta quarta-feira, no cemitério Parque Tarumã, localizado na zona Oeste da capital. Até o fim da manhã, Arthur Gomes Peres Júnior e Magawer Vieira Rodrigues já haviam sido enterrados.
Além de Arthur e Magawer, o Instituto Médico Legal liberou no fim da tarde de ontem sete corpos. São eles: Raijean da Encarnação Medeiros, Dheick da Silva Castro, Francisco Pereira Pessoa Filho, Rafael Moreira da Silva, Erraison Ramos de Miranda, Lucas Alves de Souza e Rafael Moreira da Silva.
A Polícia Civil informou ainda que já foram identificados 36 corpos das vítimas do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim e outros três corpos de mortos na Unidade Prisional do Puraquequara. Desse número, 30 morreram degolados. Seis corpos já foram encaminhados para o velório e enterro.
Uma força-tarefa foi montada no Instituto Médico Legal (IML) para a identificação dos corpos por meio de impressão digital, arcada dentária e DNA. Como o prédio do IML tem apenas 20 gavetas para o serviço, um caminhão frigorífico usado para transportar comida foi improvisado como depósito de corpos.
O primeiro passo do trabalho foi tentar coletar impressões digitais, mas pouco menos da metade (25) das vítimas teve alguma parte identificada dessa forma. A maioria dos corpos foram esquartejados ou decapitados. O desafio é cruzar informações das vítimas com as levadas por familiares sobre seus parentes. Os casos mais difíceis de identificação só serão solucionados com exame de DNA.