Deputado quer dar o nome de George Floyd à praça no Bonfim; proposta retira homenagem ao criador da igreja

O deputado Jacó Lula da Silva (PT) protocolou, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), uma indicação dirigida ao presidente da Câmara de Salvador (CMS), vereador Geraldo Júnior (Republicanos), propondo a adoção do nome George Floyd a uma praça na capital baiana.

Em seu texto, Jacó sugere que a homenagem seja feita modificando o nome da praça que hoje se chama Teodósio Rodrigues de Farias e está localizada no bairro do Bonfim. De acordo com o documento do parlamentar, "Teodósio foi um traficante de escravizados no século XVIII". George Floyd, lembra o petista, se tornou um símbolo da luta antirracista no mundo. Foi Teodósio quem construiu a Igreja do Bonfim, a mais conhecida do bairro, onde fica seu túmulo. 

“Diante das manifestações antirracistas no mundo, após o bárbaro assassinato do segurança negro, George Floyd, nos Estados Unidos, inclusive com a retirada de estátuas que homenageiam personagens que têm conexões com a opressão dos negros e negras, é inadmissível na cidade mais negra fora de África, que o poder público fique silente e se omita diante da homenagens a racistas na nossa terra, a exemplo do traficante de escravizados no século XVIII, Teodósio Rodrigues de Farias”, argumentou o deputado.

Ao se dirigir ao presidente do Legislativo soteropolitano, Jacó propõe que seja apresentado um projeto de lei na Câmara para modificar o nome do logradouro público. “Uma homenagem a um cruel traficantes de escravos é um desrespeito aos direitos humanos. Com essa proposição, iremos homenagear, de forma justa, um homem que se transformou, na atualidade, em símbolo da luta antirracista no mundo, George Floyd”, frisou Jacó.

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