DENÚNCIA: Anônimo acusa fraude nas cotas da Ufba e provoca polêmica na internet
DENÚNCIA: Anônimo acusa fraude nas cotas da Ufba e provoca polêmica na internet
Uma postagem feita no Facebook, nesta segunda-feira (5/6), por um perfil recém criado, denunciou uma suposta fraude no sistema de cotas para ingresso na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Utilizando fotos de pessoas que entraram na instituição através da reserva de cotas, o perfil questionava quem realmente era negro e deveria ter usufruído da legislação que separa 50% das cadeiras da universidade a estudantes de escola pública, afrodescendentes, indígenas, quilombolas e deficientes físicos.
“Depois que inventaram direitos só para negros, índios, quilombolas, travestis, deficientes físicos, trans, agora sou o que quero ser. Ser branco nunca foi um privilegio”, defendeu a postagem.
Desde 2005, a UFBA destina metade das suas vagas, a cada início de semestre, aos alunos oriundos da rede pública. Dentro deste percentual, 40% estão reservados para candidatos que se declararam pretos ou pardos no ato de inscrição, 8% para candidatos de outras etnias e, por fim, 2% para os candidatos que se declararam descendentes de indígenas.
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O perfil, chamado Caragentebranca Ufba, foi alvo de polêmica pela publicação. A postagem chegou a mais de 200 likes e 75 compartilhamentos no Facebook, envolvendo parte do público universitário na internet. Após a confusão, porém, o perfil foi excluído e todo o conteúdo da discussão foi perdido.
O nome do perfil foi inspirado na série homônima, disponibilizada pela Netflix em abril. Na ficção, estudantes negros de uma elitizada universidade americana se mobilizam contra ações racistas dos seus colegas e da própria instituição, discutindo ofensas constantemente sofridas por eles. O perfil no Facebook, na vida real, por outro lado, foi criado unicamente com o objetivo de militar contra o que ele próprio chama de “direitos inventados”.
Um dos estudantes apontados na postagem chegou a se defender nos comentários. “Quero aproveitar e registrar aos desinformados que o sistema de cotas não é exclusivo para negros, beneficia também os pardos, categoria que estou incluso, lembrando também que concomitantemente está o critério de ter estudado em escola pública”, afirmou.
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*Publicada originalmente às 15h50