Contratação de trabalhadores idosos cresce em empresas públicas e privadas
Contratação de trabalhadores idosos cresce em empresas públicas e privadas
Imagine a seguinte cena: idosos sendo cada vez mais vistos nos locais de trabalho formais e informais que são dominados por jovens profissionais. Imaginou? A surpresa é que essa imagem está cada vez mais presente na atualidade. Homens e mulheres com 60 anos ou mais estão ativos e buscando inserção no mercado de trabalho.
A necessidade de complementar a renda ou a força de vontade e amor pela profissão faz com que muitos idosos busquem cada vez mais se inserir nos ambientes de trabalho, mesmo que ainda encontrem resistência no mercado formal. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o desemprego entre idosos pulou de 18,5% em 2013 para 40,3% em 2018. Em contrapartida, o mercado informal cresceu, já que as vagas com carteira assinada representavam 27,6% do total nesse grupo populacional no primeiro trimestre de 2016 e diminuiu para 26,6% no primeiro trimestre de 2018.
?Na realidade, ainda tem empresários que não contratam idoso acreditando que eles adoecem mais e isso vai representar mais custos. Ao contrário: o idoso será mais produtivo na empresa aliando sua experiência com o uso da tecnologia?, afirma a Turismóloga Kika Carvalho, 63 anos. Para ela, o empresariado tem uma visão distorcida em relação a contratação de pessoas com idades avançadas.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou um estudo que revela um aumento da expectativa de vida que em 2019 deve chegar a 9,52% e em 2060, a 25,5%. ?Os jovens hoje querem que tudo aconteça rapidamente. Se um idoso demora em acessar ou teclar um botão para fazer algo, vem logo a frase: você é lerda. O que não concordo. Conheço idosos que estão muito bem integrados com o uso da tecnologia no dia a dia. Eu mesma, melhorei 95% com esse curso?, relata Kika.
Projetos viáveis
Dedicando 35 anos ao turismo, Kika é palestrante na área de acessibilidade no Turismo, especialista em Planejamento e Marketing Turístico e, mesmo aposentada, continua trabalhando como consultora de Turismo para empresas que prestam serviços a governos e setor privado.
?Sempre busquei ajudar a transformar o conhecimento em algo útil na vida de meus alunos. Ao final do curso de graduação, os estudantes não faziam um TCC por fazer. Eram projetos viáveis de serem implantados, que foram até apresentados ao Banco do Nordeste e Sebrae?, explica a aposentada que lecionou por sete anos em faculdades particulares.
Qualificação + Mercado de Trabalho
Em busca de qualificação, Kika resolveu investir em uma bolsa de estudo para o curso de MBA em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais ofertada pelo Educa Mais Brasil. ?Minha escolha foi muito em função da área que atuo, turismo. E já estou contribuindo, desde o começo do curso?, informa a turismóloga, que alerta a importância do uso das mídias sociais e digitais para empresas e municípios que desenvolvem atividades turísticas e usam de forma equivocada os folhetos para chamar a atenção do público alvo.
A consultora de turismo sempre investe em conhecimentos que tragam retorno tanto pessoal, quanto profissional. ?Amo o que faço e não me sinto velha, fora do mercado. Enquanto tiver saúde estarei em alguma sala de aula, aprendendo para agregar valor aos trabalhos que realizo. Isso só aumenta o meu valor profissional?, conclui.
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