Comandante da PM garante que tropa só atirou contra soldado surtado após ser ameaçada
“Ele apontou a arma para a tropa e efetuou disparos”, disse, considerando que Wesley portava um armamento de grande letalidade. Questionado sobre a possibilidade do uso de alguma alternativa não letal para conter o soldado, que apresentava transtornos mentais, o comandante garantiu que as alternativas foram esgotadas.
O comandante geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, lamentou, na manhã desta segunda-feira (29/3), em entrevista coletiva cedida à imprensa, a ocorrência que terminou, neste domingo (28/3), com a morte do soldado Wesley Soares Góes, após apresentar surto psicótico, no Farol da Barra, em Salvador.
Ele ressaltou que a situação teve um término que não gostaria que tivesse e prestou solidariedade à família do policial morto no episódio. Coutinho garantiu que todos os recursos possíveis em um gerenciamento de crise, como a de ontem, foram utilizados, mas, infelizmente, os policiais que participavam da negociação foram ameaçados.
“Ele apontou a arma para a tropa e efetuou disparos”, disse, considerando que Wesley portava um armamento de grande letalidade. Questionado sobre a possibilidade do uso de alguma alternativa não letal para conter o soldado, que apresentava transtornos mentais, o comandante garantiu que as alternativas foram esgotadas.
Segundo Paulo Coutinho, a tropa só atuou com força quando foi agredida e a situação, por conta da distância entre os militares e o colega em surto, não permitia a utilização de armas eletrônicas.
O coronel pediu desculpas à imprensa pela forma que alguns jornalistas foram tratados por policiais militares, durante a cobertura do caso. Equipes de reportagens foram impedidas de trabalhar e teriam sido dispersadas com disparos de tiros para cima.
“Apresento minhas excusas na condição de comandante geral”, disse, acrescentando que as crises geram subcrises, considerando que os PMs atuavam em uma operação de grande envolvimento emocional.
Ainda de acordo com o coronel, o militar que acabou morrendo, ontem, era policial militar há 13 anos e, até então, não havia apresentado algum problema que merecesse ser tratado de forma especial. Coutinho, disse, também que a instituição se preocupa bastante com o acompanhamento da tropa. “Recentemente, foram contratados 20 psicólogos para tratar da saúde mental dos nossos policiais”.
Acompanhe todas as notícias sobre o novo coronavírus.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuon.com.br/aovivo. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.