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CNC avalia que comércio deve ter em 2015 pior desempenho dos últimos 12 anos

CNC avalia que comércio deve ter em 2015 pior desempenho dos últimos 12 anos

Por Da Redação

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) encerrou o mês de maio com queda de 0,2% em relação a abril, já descontados os efeitos sazonais. No entanto, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) acredita que a confiança do empresariado do setor poderá melhorar no segundo semestre do ano.


O índice de maio foi divulgado hoje (8) pela CNC e os dados mostram que ainda não há tendência de recuperação do nível de confiança do comércio. ?A expectativa é que a segunda metade do ano seja melhor tanto para o setor quanto para a economia?, avalia a entidade. ?Essa eventual recuperação de abril para maio, no entanto, não deverá impedir que o setor registre, em 2015, seu pior desempenho em 12 anos?, alerta a confederação.


Ao divulgar o resultado de maio, a CNC informa que a retração no mês foi a menor queda mensal do indicador desde setembro do ano passado. A confederação destaca que pela primeira vez, nesse período, o subíndice sobre as expectativas registrou resultado mensal positivo de 1% em relação ao mês anterior.


?Entretanto, mesmo com a alta de 1% na expectativa, a avaliação das condições correntes registrou queda de 3,4%, bem como as intenções de investimentos caíram 2,9%?, informa a confederação.


Diante deste cenário, a CNC projeta que pela primeira vez desde 2007, o nível de ocupação no comércio varejista deverá registrar retração em 2015, fechando em -0,7% em relação ao ano passado.


Para o varejo restrito, a expectativa da confederação é que, pela primeira vez em 12 anos, o volume de vendas do setor recue 0,4%. Já o varejo ampliado ? que inclui as vendas de veículos e peças, além de materiais de construção ? deverá, até o fim do ano, ter o seu pior resultado da série histórica do indicador, iniciada em 2004, fechando com queda de -6%.


A publicação da CNC destaca a decepção do setor com a economia e com os níveis dos estoques, modalidade de investimento de curtíssimo prazo, acima do adequado na opinião de 29,1% dos empresários, o patamar mais elevado desde o início da divulgação do Índice de Confiança do Empresário do Comércio.


Segundo a CNC, a decepção com o desempenho geral da economia é o item com pior avaliação em todo o Icec, fechando maio em 26,3 pontos. Para 92% dos empresários do setor, as condições econômicas pioraram nos últimos 12 meses.


Para 64,3% dos entrevistados, houve ?deterioração acentuada? no período. A avaliação das condições atuais do setor ? segundo pior item em todo o índice ? também aponta forte retração ao fechar maio negativo em 42,7%, em relação a maio de 2014.


Apesar das expectativas de um segundo semestre melhor, tanto para o setor quanto para a economia, na opinião de 80,9% dos empresários, a atividade comercial do país piorou nos últimos 12 meses e para 44% desses a piora ?foi acentuada?.


A publicação avalia que a perspectiva de queda no volume de vendas do setor associada à elevação nos custos de captação de recursos nos últimos meses levou os empresários a revisarem seus planos de investimentos.


O Icec é o indicador antecedente, apurado exclusivamente entre os tomadores de decisão das empresas do varejo, cujo objetivo é detectar as tendências das ações do setor do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6 mil empresas em todas as capitais do país. Os índices, apurados mensalmente, apresentam variação de 0 a 200 pontos.


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