Bahia registra seis mortes de crianças microcefálicas e lança Centro de Operações emergenciais

Foram notificados na Bahia 112 casos suspeitos de microcefalia, segundo relatório do dia 1º de dezembro. A doença foi identificada em 34 municípios, destes 26 foram confirmados e seis crianças foram a óbito, uma em cada um dos municípios de Salvador, Itapetinga, Olindina, Tanhaçú, Camaçari e Itabuna. Os dados correspondem à medição padrão de perímetro, que considerava 33 centímetros, no entanto um novo critério de medição foi adotado pelo Ministério da Saúde em acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), considerando perímetro cefálico menor ou igual a 32 centímetros, neste cenário o número cai para 87 casos no estado. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab)

Número e percentual de casos suspeitos de microcefalia notificados, segundo perímetro cefálico (em centímetros). Bahia, 2015.

Fonte: SIM/SINASC/RESP

Todas as notificações são investigadas e classificadas, sempre seguindo a orientação da Secretaria de Vigilância em Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde. Há 42 notificações em que o perímetro cefálico não foi informado, por tanto os números ainda podem ser atualizados. Os bebês que corresponderem as características consideradas pelo Ministério da Saúde devem ser comunicados imediatamente em até 24h pela equipe do estabelecimento de saúde onde o diagnóstico foi realizado, através do formulário de notificação de ocorrências de microcefalia www.resp.saude.gov.br.

Surto

A OMS reconheceu em comunicado oficial, enviado no dia 1º de dezembro a relação entre a Zika e a microcefalia, após estudos realizados pelo Instituto Evandro Chagas, que identificou a presença do vírus Zika em um bebê microcéfalo. Outros fatores também podem estar relacionados à doença.

Centro de Operações

Boletins semanais serão divulgados a cada segunda-feira, às 15h. A partir da próxima quinta-feira (10), quando entra em funcionamento o Centro de Operações de Emergências em Saúde do Governo da Bahia. O objetivo é atender às necessidades de produção e atualização de informações sobre o quadro epidemiológico baiano e estabelecimento das medidas de vigilância, controle e atenção. A iniciava é coordenada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e contará com participação de outros órgãos estaduais, Ministério da Saúde, além de especialistas de diversas áreas, como sanitaristas, epidemiologistas, infectologistas, obstetras, neuropediatras.

O Centro de Operações também será responsável pelo envio de equipes para auxiliar os municípios na investigação em campo, clínica e laboratorial, bem como o estabelecimento de um plano para controle das microcefalias e redução dos agravos. ?Caso necessário, o envio de recursos adicionais será realizado?, afirma o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, complementando que está em produção uma nova campanha de mobilização, envolvendo a população e os gestores municipais.