Após diminuição do Auxílio Emergencial e inflação, poder de compra dos baianos tem segunda maior queda do país
Após diminuição do Auxílio Emergencial e inflação, poder de compra dos baianos tem segunda maior queda do país
Em setembro, o poder de compra dos baianos reduziu 54,4% em relação ao mês de agosto. O dado é resultado de uma pesquisa que leva em conta o valor da cesta básica, a inflação entre esses dois meses e o Auxílio Emergencial, que caiu para a metade do valor, pagando R$ 300.
O estudo, realizado pela Bons Investimentos, mostrou que a Bahia foi o segundo estado no ranking das maiores quedas, atrás apenas de Santa Catarina, que teve redução de 54,5%, e acima da média nacional, de 53,6%. Para o cálculo, foi considerado o preço médio das cestas básicas por capital, conforme dados de setembro fornecidos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Na prática, uma cesta básica em Salvador, no mês de agosto, custava R$ 419, a terceira mais barata do Brasil. Com o auxílio de R$ 600, era possível comprar 1,4 cesta. A inflação de setembro fez com que os mesmos alimentos custassem R$ 459, empatando com Belém, no Pará, como o 12º local nos rankings dos mais caros.
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A queda do auxílio em 50% evidenciou, ainda, mais um problema: com R$ 300, o soteropolitano passou a comprar, em setembro, 0,65 cesta. Há, ainda, os casos de beneficários do auxílio que não irão receber as parcelas menores, após uma mudança de regra feita pelo governo federal.
Na Bahia, 58,8% das pessoas receberam o auxílio emergencial na sua primeira fase. Em todo o Brasil, foram 29,4 milhões, cerca de 43% da população. Os estados com menores quedas no poder de compra foram Distrito Federal (50,3%), Rio Grande do Norte (50,3%) e Mato Grosso do Sul (50,8%).