Ambev e G2 não estão envolvidas no recrutamento de garotas para camarotes, diz MP
Ambev e G2 não estão envolvidas no recrutamento de garotas para camarotes, diz MP
Uma audiência pública instaurada pelo Ministério Público foi realizada na tarde desta quinta-feira (15), para as empresas AMBEV e a G2 esclarecerem um anúncio que foi divulgado em uma rede social recrutando garotas para trabalhar em um camarote de uma cervejaria no carnaval de Salvador.
No anúncio eram oferecidas vagas para ?Carnaval Camarote Skol 2015?, reiterando que ?beleza é fundamental? e solicitando mínimo de 15 fotos, dentre elas algumas de ?lingerie? e ?nuas?. O valor oferecido para o serviço foi de R$ 8.000,00 (oito mil reais) por dia, mais ajuda de custo para a ?ficha rosa?, uma das categorias, que daria acesso às garotas a área VIP, shows e festas privadas. Já a ?ficha branca? era oferecido o cachê de R$ 1.000,00 (mil reais).
Os representantes jurídicos da AMBEV e a G2 foram ouvidos e os dois disseram que não estão envolvidos; que vão colaborar com as investigações e que se declararam vitimas também.
A princípio o MP entende que as empresas são vítimas, mas continuará com as apurações para descobrir o autor do anúncio, pois entende que pode haver alguma vítima e que esse crime pode ser considerado como extorsão, tráfico de mulheres interno ou internacional.
Uma ação judicial está em andamento para ter acesso ao IP e a publicação do Facebook para localizar o responsável pela divulgação. Na segunda-feira (19), será realizada uma reunião com a promotoria de crimes cibernéticos.
Em nota a Ambev informou que já está tomando todas as medidas judiciais cabíveis em relação aos autores dos perfis com falsos recrutamentos para os camarotes da empresa.
Nesta quinta-feira (15), a companhia se reuniu com o Ministério Público do Estado da Bahia para ratificar seu compromisso com a lei e pedir apoio da instituição para apuração dos fatos e responsabilização dos envolvidos.
A Ambev reforça que não tem qualquer relação com os recrutamentos em questão e repudia veementemente qualquer prática que não esteja em total conformidade com a lei.