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19/11/2022 10h40 | Atualizado em 19/11/2022 11h00

Marcado júri popular de pastores acusados de matar Lucas Terra

Segundo vídeo postado por ela no instagram, Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva irão sentar no banco dos réus no dia 25 de Abril de 2023, às 8h,  

Marcado júri popular de pastores acusados de matar Lucas Terra Foto: arquivo / Aratu On
Diego Adans

Marion Terra, mãe do adolescente Lucas Vargas Terra, anunciou, na tarde desta última sexta-feira (18/11), a data em que os dois pastores acusados de envolvimento no assassinato do adolescente, em março de 2001, vão a júri popular, no fórum Ruy Barbosa, em Salvador. 

Segundo vídeo postado por ela no Instagram, Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva irão sentar no banco dos réus no dia 25 de Abril de 2023, às 8h.   

O "pedido de justiça" da família do adolescente já dura mais de 20 anos. Em novembro de 2018, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou o processo contra os pastores, por falta de provas. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão e, no dia 17 de setembro de 2019, a 2ª Turma do STF, em Brasília, decidiu a favor do recurso.  Os ministros Celso de Melo, Carmen Lúcia, Luiz Edson Fachin e Gilmar Mendes votaram a favor da decisão, enquanto Ricardo Lewandowski foi contra. Na época, após receber a notícia, Marion comemorou o resultado da decisão.

“Eles vão a júri popular, acabou gente, acabou, o Fernando Aparecido da Silva e o Joel Miranda vão sentar no banco dos réus porque a palavra final, a última palavra vem do nosso supremo juiz, o juiz dos juízes, o senhor dos senhores". 

Agora, nesta última sexta, Marion se mostrou bastante emocionado com a situação. " Será uma grande guerra, uma mãe que teve seu filho caçula AMORDAÇADO, VIOLENTADO E QUEIMADO VIVO, lutando contra dois PROTEGIDOS de uma das maiores organizações do país, bilionários que por 21 anos FINANCIAM esses dois indivíduos, porém agora será impossível se livrarem do JULGAMENTO. Eles tem os melhores e mais caros advogados, nós temos à Deus, o apoio de vocês, meus advogados, o ministério público e a TRISTE VERDADE em nosso lado, o Luquinhas não está mais aqui, o Carlos Terra esperou tanto até morrer para ver esse dia, mas finalmente acredito que encontrarei a PAZ e a JUSTIÇA!", ressaltou. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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O CRIME

O assassinato do adolescente Lucas Vargas Terra aconteceu em março de 2001, dentro de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro do Rio Vermelho, na capital baiana. A vítima tinha 14 anos. Segundo a Promotoria de Justiça, o adolescente foi abusado sexualmente, colocado em uma caixa de madeira e queimado vivo em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama, na capital baiana.

Na época, o pai de Lucas apontou como motivo para o crime o fato do seu filho ter flagrado os pastores Joel e Fernando fazendo sexo, com base no testemunho de outro pastor Sílvio Roberto Galiza, dado em 2008. Até então, somente este, foi condenado inicialmente a 18 anos de prisão, mas a pena depois foi reduzida para 15 anos. Galiza foi acusado por homicídio qualificado com motivo torpe e ocultação de cadáver e, atualmente está em liberdade condicional. 

Em novembro de 2013, a juíza Gelzi Almeida inocentou os religiosos. A família de Lucas recorreu e, em setembro de 2015, o recurso de apelação foi julgado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Os desembargadores decidiram, por unanimidade, que os religiosos fossem à júri popular. Foi então a vez da defesa dos ex-bispos recorrerem. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a decisão do TJ-BA. 

Em fevereiro de 2019, o pai de Lucas Terra, José Carlos Terra, de 65 anos, morreu no Hospital Ernesto Simões, em Salvador. Ele teve uma parada respiratória decorrente de uma cirrose hepática, diagnosticada em 2018. José Carlos deixou uma esposa, dois filhos e quatro netos.

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