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OAB decide suspender, por 90 dias, advogado suspeito de matar barbeiro no Imbuí

A Corte Disciplinar entendeu que "a conduta investigada, por si só, causou repercussão e reprovabilidade social, sendo incompatível com o exercício da profissão por repercutir de forma negativa à dignidade da advocacia e o interesse público".

Por Da Redação

OAB decide suspender, por 90 dias, advogado suspeito de matar barbeiro no Imbuíarquivo pessoal

Em sessão realizada nesta segunda-feira (15/3), a 2ª Turma do Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB da Bahia determinou a suspensão preventiva, por 90 dias, do advogado José Geraldo Lucas Júnior, suspeito de ter matado o barbeiro Lucas Araújo no bairro do Imbuí, em janeiro deste ano. 


A Corte Disciplinar entendeu que "a conduta investigada, por si só, causou repercussão e reprovabilidade social, sendo incompatível com o exercício da profissão por repercutir de forma negativa à dignidade da advocacia e o interesse público". 


No julgamento, o advogado ofereceu defesa oral, através de patrono por ele constituído. A medida é de natureza acautelatória e, portanto, provisória. O processo principal continua em trâmite.


CASO


O crime ocorreu no domingo (24/1) após a vítima defender a esposa de um assédio. Em contato com o Aratu On, outro advogado da família da vítima, Marcos Rodrigues, relatou que Lucas estava acompanhado da esposa, do irmão e da cunhada quando as moças sofreram a investida sexual. Conforme o relato do advogado, o suspeito chegou a oferecer bebidas alcoólicas para as mulheres, que tentaram se esquivar das investidas.


Câmeras de segurança do bar situado na Rua São Jorge, no bairro do Imbuí, em Salvador, revelaram nesta quinta-feira (27/1) que José Geraldo Lucas Júnior agrediu com socos o irmão do barbeiro Lucas Araújo antes de cometer o homicídio.


José Geraldo e Jean, que o acompanhava no momento da confusão, se apresentaram na sede do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) na manhã de quarta-feira (27/1).


Também na quinta, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) informou por meio de nota divulgada no próprio site que acompanha a prisão do advogado para observar o cumprimento às suas prerrogativas profissionais, mas não costuma se manifestar sobre episódios que não envolvem o exercício da advocacia, como neste caso, limitando-se a tomar as providências cabíveis.


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