Justiça baiana recebe denúncias contra 11 policiais militares acusados de homicídios em ação da milícia
Justiça baiana recebe denúncias contra 11 policiais militares acusados de homicídios em ação da milícia
A Justiça baiana recebeu, nesta última terça-feira (15/12), duas denúncias oferecidas pelo Ministério Público estadual (MP-BA), contra 11 policiais militares. Os agentes aposentados são acusados de integrar uma milícia que atuava em Paulo Afonso, e de serem responsáveis por dois homicídios ocorridos em 2018. As denúncias foram oferecidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).
Conforme o MP, três PMs foram denunciados pela morte de Fabiano Santos, no dia 2 de dezembro de 2018, em Paulo Afonso. Por esse crime, os policiais são acusados de homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.
Já pela morte de Cícero Santos Ramos, que ocorreu em 21 de abril de 2018, no município de Glória, oito policiais militares foram denunciados por homicídio qualificado. Cinco deles responderão, ainda, por crime de furto, já que, conforme denúncia, levaram R$ 12 mil em espécie da casa da vítima. Ambas foram mortas a tiros.
Segundo as denúncias, as versões apresentadas pelos policiais militares, para os acontecimentos que resultaram nas duas mortes, apresentam indícios de adulteração e são contraditórias às provas colhidas na investigação. No caso do assassinato de Fabiano, o exame indicou que a vítima não havia efetuado disparos de arma de fogo. Quanto à morte de Cícero, diferente do que foi narrado pelos PMs, a apuração apontou que não havia drogas nem armas no local.
RELEMBRE O CASO
As denúncias recebidas pela Justiça dão continuidade a Operação Alcateira, deflagrada em duas fases: a primeira no último dia 29 de outubro, com a prisão de seis pessoas, e a segunda, dia de 27 de novembro, para cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva. O objetivo da ação era desarticular uma organização criminosa que vinha praticando diversos crimes de homicídio, tráfico de drogas, além de outros delitos típicos de atividade da milícia, como tortura e extorsão.
Conforme reportagem do Aratu On, a milícia seria formada por policiais lotados no 20º Batalhão de Paulo Afonso, sob o comando do tenente-coronel Carlos Humberto Moreira, conhecido como "Cachorrão". Além dele, o inquérito da operação também cita o nome de outro oficial, o capitão Rodolfo Vieira.
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