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PT Bahia repudia ato de mulher que chamou PM de "macaco" e foi defendida por correligionário; "inadmissível"

PT Bahia repudia ato de mulher que chamou PM de "macaco" e foi defendida por correligionário; "inadmissível"

Por Da Redação

 PT Bahia repudia ato de mulher que chamou PM de "macaco" e foi defendida por correligionário; "inadmissível"leitor/Aratu On

O Partido dos Trabalhadores (PT/Bahia), repudiu o caso envolvendo a atitude de uma mulher, de 64 anos, detida no último dia 16 de setembro, após chamar um policial militar de macaco no município de Curaçá, a 593 km de Salvador


Após o episódio, o presidente do partido na cidade, Júlio Cézar Lopes, utilizou as redes sociais, no último sábado (19/9), para justificar a atitude da militante. O político inocenta a correligionária da acusação de racismo e ressalta que a expressão usada por ela faz referência à “cultura nordestina e Curaçaense, herdada de Lampião, de chamar policiais de Macaco”.


VEJA


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Em nota, o PT/Baha disse ser "inadmissível a lembrança do uso do termo 'macaco'  pelo cangaço para se referir a policiais e pistoleiros que o perseguiam" e pediu "em nome de todos os seus militantes desculpas à vítima da injúria racista e, também, ao conjunto do movimento negro, que cotidianamente combate o racismo na sociedade brasileira, assim como as mazelas provocadas pela desigualdade social". O PT Bahia disse, ainda, que "designará o caso supracitado às instâncias e aos órgãos partidários responsáveis pela a devida apuração".


VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA


"O Partido dos Trabalhadores – Bahia aproveita o momento para se pronunciar sobre a Nota do Presidente do PT de Curaçá, Júlio Cezar Lopes, sobre o episódio envolvendo a senhora Libânia Maria Dias Torres e sua condução em flagrante por resistência à abordagem policial e injúria racial.


Acreditamos que é inadmissível a lembrança do uso do termo “macaco” empregado pelo cangaço para se referir a policiais e pistoleiros que o perseguiam. O termo sobrevive no linguajar popular do norte baiano e em outros estados do Nordeste, mas registra um período histórico que não se encaixa no contexto utilizado contra um policial negro no exercício do seu trabalho.


O PT Bahia, em nome de todos os seus militantes, reforça o pedido de desculpas à vítima da injúria racista e, também, ao conjunto do movimento negro, que cotidianamente combate o racismo na sociedade brasileira, assim como as mazelas provocadas pela desigualdade social.


É necessário denunciarmos que a estrutura racista da sociedade brasileira ainda provoca incongruências como o baixo percentual de condenações por injúria racial e racismo: quase 70% dos processos são vencidos pelos réus. O racismo desacredita as vítimas desde o momento da denúncia até a tramitação do processo, fazendo com que muitas vítimas desistam de ir a frente com a denúncia. Um dado que a militância do movimento negro expõe há anos e contra o qual precisamos lutar.


Aproveitamos para mais uma vez repudiar a injúria racial e a violência física denunciada pelo policial. Reafirmamos o nosso compromisso com o combate ao racismo, com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Contamos com que a justiça traga luz ao caso. A luta contra o racismo exige de todos nós compromisso para dar um fim às sequelas do passado colonial no país.


O PT é norteado pelos princípios de justiça e igualdade. A conduta de todos os filiados ao Partido dos Trabalhadores é disciplinada pelo nosso Estatuto. O PT da Bahia designará o caso supracitado às instâncias e aos órgãos partidários responsáveis pela a devida apuração."


A mulher identificada como Libânia Maria Dias Torres, é servidora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) lotada na comarca de Curaçá, e, também, filiada ao PT. Ela chegou a ser conduzida para uma delegacia, mas já está em liberdade provisória. A decisão, da juíza Ivana Carvalho Silva Fernandes, da Vara de Audiência de Custódia, ocorreu na última quinta (17).


RELEMBRE O VÍDEO


 




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