Trecho da Fiol visitado por Bolsonaro será finalizado pelo exército; obra já gerou mais de 1,2 mil empregos
Trecho da Fiol visitado por Bolsonaro será finalizado pelo exército; obra já gerou mais de 1,2 mil empregos
O ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que acompanha o presidente Jair Bolsonaro na visita à Bahia, anunciou que o exército irá ajudar nas obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). Os dois vistoriaram a construção de um lote da estrada de ferro nesta sexta-feira (11/9), na cidade de São Desidério, a 890 km de Salvador.
“Nós estamos retomando um trecho que estava parado. O Exército Brasileiro volta às obras ferroviárias depois de 20 anos. Nós não paramos absolutamente nada no momento da pandemia e isso foi muito importante porque mantivemos 1.200 pais de família trabalhando em um momento muito difícil”, afirmou o ministro.
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A visita marcou a assinatura de termo de parceria entre a Valec e o Exército Brasileiro para a construção do lote 6, próximo à Correntina. O 4º Batalhão de Engenharia de Construção, de Barreiras/BA, e o 2º Batalhão Ferroviário, de Araguari, em Minas Gerais, serão responsáveis pela conclusão do lote de 18 km, entre Bom Jesus da Lapa e São Desidério. A obra completa da FIOL terá aproximadamente 1.527 km e ligará o futuro Porto Sul, em Ilhéus, à cidade de Figueirópolis, em Tocantins, com investimento previsto de R$ 8,9 bilhões.
Durante a agenda, o presidente e o ministro sobrevoaram o trecho onde o Exército vai atuar. Para Bolsonaro, a obra da ferrovia irá gerar emprego e renda para o município de São Desidério, além de trazer grande transformação ao setor ferroviário. “Nós resolvemos investir mais no modal, aproveitando obras que já estavam em andamento. O Brasil ganha. Nós temos tudo para revolucionar o meio de transporte do Brasil, no caso o ferroviário, um dos mais importantes para o país”, comemorou Bolsonaro.
FIOL
As obras da FIOL na Bahia estão divididas em dois segmentos: FIOL 1, entre lhéus e Caetité, e FIOL 2, entre Caetité e Barreiras. Executada pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública vinculada ao Ministério da Infraestrutura, a obra vai reduzir os custos de transporte de grãos, álcool e minérios destinados ao mercado externo. O município de São Desidério, por exemplo, é considerado o maior produtor de grãos do país – em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) agrícola da cidade chegou a R$ 3,63 bilhões, novo recorde para o agronegócio baiano.
A FIOL 1, com 537,2 km, deverá ser concedida à iniciativa privada ainda em 2020. O processo está em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Já a FIOL 2, com 485,4 km de extensão, conta com investimento de R$ 2,7 bilhões e encontra-se com 39% das obras executadas. Quando pronta, a ferrovia deve se tornar um importante caminho de escoamento do minério do sudoeste da Bahia (Caetité e Tanhaçu) e de grãos da região oeste do estado. Futuramente, a FIOL deverá se conectar à malha da Ferrovia Norte-Sul (FNS), o que trará vantagens competitivas e melhorias para logística nacional.
BENEFÍCIOS
Além de gerar 1.200 empregos, entre os benefícios esperados com a ferrovia, estão a redução dos custos de transporte de grãos, álcool e minérios destinados aos mercados interno e externo; a ampliação da produção agroindustrial da região; e a interligação dos estados de Tocantins, Maranhão, Goiás e Bahia aos portos de Ilhéus e Itaqui, no Maranhão.
ASSISTA
O ministro da Infraestrutura @tarcisiogdf disse q a Fiol é a "obra mais importante da Bahia". Até o momento, 1,2 mil trabalhadores estavam dedicados ao trecho 2, q contará agora com a participação do Exército para conclusão do lote de 18km entre Bom Jesus da Lapa e São Desidério pic.twitter.com/jwqjHWB9pr
— Pablo Reis (@opabloreis) September 11, 2020
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