Tiro que matou adolescente de 14 anos em prédio de luxo em Cuiabá não foi acidental, diz perícia
Tiro que matou adolescente de 14 anos em prédio de luxo em Cuiabá não foi acidental, diz perícia
Laudos periciais de balística concluíram que a adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, não morreu por um tiro de pistola 380 efetuado acidentalmente. Especialistas da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) entregaram os documentos na terça-feira (11/8) ao delegado titular da Delegacia Especializada do Adolescente, Wagner Bassi, que investiga o caso.
Inicialmente, a polícia informou que o caso era tratado como acidente, mas atualmente afirma que "todas as circunstâncias envolvendo o crime são objeto de apuração". O resultado das análise diverge do Termo de Declaração da adolescente apontada como autora do disparo, que relatou, em 14 de julho, dois dias após o crime, que a arma teria disparado após cair acidentalmente da caixa em que estava guardada. O tiro não aconteceu de forma acidental e ocorreu a curta distância, apontam os novos documentos.
Ainda de acordo com o resultado da perícia, a arma que disparou contra Isabele teve o gatilho acionado e, "no ato do disparo, o agente agressor posicionou-se frontalmente em relação à vítima, sustentou a arma a uma altura de 1,44 m do piso". "Nas circunstâncias alegadas somente se mostrou capaz de realizar disparo e produzir tiro estando carregada, engatilhada, destravada e mediante o acionamento do gatilho", explica o documento, respondendo ao questionamento feito pela polícia se a arma em questão poderia produzir tiro acidental.
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Simulações foram feitas para averiguar a descrição feita no Termo de Declaração. Segundo o depoimento, a adolescente investigada relatou que a arma disparou quando a caixa em que ela estava guardada caiu no chão, acidentalmente, no momento em que a garota estava levando duas pistolas para guardar no cofre da casa.
O inquérito deveria ter sido concluído e remetido ontem ao Ministério Público Estadual, mas a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso alegou que o delegado pediu prorrogação do prazo à Justiça, porque as investigações ainda não foram concluídas. A PJC-MT não informou a nova data para conclusão do inquérito.
A vítima visitava uma colega para fazer um bolo em uma mansão no condomínio de luxo Alphaville 1, em Cuiabá, quando tudo aconteceu. Isabele morreu por traumatismo crânio-encefálico dentro de um dos banheiros da casa do empresário Marcelo Martins Cestari, após ser atingida por um tiro que entrou na narina e saiu pelo crânio.
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