Jovem de 15 anos morre após ser sequestrado; investigações apontam envolvimento de sargento da PM

17/06/2020 21h00Atualizado em: 17/06/2020 21h40

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O caso de Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, que foi sequestrado e encontrado morto na madrugada de domingo (14/6), parece ter sido solucionado. A polícia de São Paulo, onde o crime ocorreu, disse nesta quarta-feira (17), que o principal suspeito de ter cometido o crime é um sargento da Polícia Militar. A família já havia informado que o adolescente foi levado pelos policiais quando desapareceu. O corpo do jovem foi encontrado poucas horas depois, próximo a cidade de Diadema, com dois tiros na cabeça e marcas de agressão. O principal suspeito é Adriano Fernandes de Campos, 41, do Baep (Batalhão de Ações Especiais).

De acordo com o delegado Fábio Pinheiro, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), "o sargento da PM foi identificado como um dos autores, mas ainda não foi encontrado". Ele foi obrigado a entrar em uma viatura, que estava com o giroflex ligado e parada em frente à casa onde o menino morava com a avó, na Vila Clara, em Americanópolis. Os vizinhos e familiares tentaram impedir que ele fosse levado e fizeram diversos protestos no bairro, inclusive com queima de ônibus. As informações são do UOL.

Um outro soldado da PM, identificado como Paulo, também é suspeito de ter participado diretamente da morte do adolescente. "Soubemos informalmente que eles ouviram o soldado Paulo e teriam liberado o mesmo", informou o delegado. Além do DHPP, a Corregedoria da PM também está investigando o crime.

Ainda segundo a reportagem, Guilherme teria sido vítima de vingança, por causa de um galpão roubado na região. O vigia que estava no galpão chegou a ligar para o 190, mas desistiu de denunciar após o sargento ter prometido que resolveria por conta própria, ainda de acordo com a investigação. O carro do filho de um dos dois policiais suspeitos circulou pela região onde Guilherme foi pego.

A PM disse na terça (16), que as investigações da corregedoria não apontaram envolvimento de nenhum PM. Adriano e Paulo devem ser ouvidos no DHPP, que é de responsabilidade da Polícia Civil, assim que forem encontrados.

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