Loja do senador Flávio Bolsonaro é alvo de mandado de busca e apreensão em ação do MP

Uma loja do senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de mandado de busca e apreensão em operação deflagrada pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), na manhã desta quarta-feira (18/12). A ação acontece em desdobramento do caso do ex assessor, Fabrício Queiroz

Agentes do MP estiveram na sede da empresa Bolsotini Chocolates e Café Ltda., situada no shopping Via Parque, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O estabelecimento, que pertence a Flávio, é uma franquia da loja de chocolates Kopenhagen. 

Segundo o UOL, Flávio Bolsonaro usa frequentemente o fato de ser dono da loja, como justificativa para movimentações e evolução de seu patrimônio. 

O próprio senador chegou a declarar, em entrevista à RedeTV, que suas atividades empresariais eram a fonte de seu patrimônio. "Sou empresário. Eu movimento no ano, recebo no ano, do lucro desta minha empresa, muito mais do que eu recebo como deputado", alegou.

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Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), no entanto, contradiz a fala de Flávio. O documento mostra que o senador movimentou o valor de R$ 632 mil entre agosto de 2017 e janeiro de 2018; o lucro do período, na loja, corresponde a R$ 120 mil. 

A quantia também é menor do que a soma de seu salário como deputado estadual, cargo que ocupava à época. Outros R$ 90 mil também foram encontrados, mas o Relatório de Inteligência Financeira não conseguiu identificar a origem.

O advogado do filho de Bolsonaro, Frederick Wassef, comentou, em nota, a ação do MP. "Recebemos a informação sobre as novas diligências com surpresa, mas com total tranquilidade. Até o momento, a defesa não teve acesso a medida cautelar que autorizou as investigações e, apenas após ter acesso a esses documentos, será possível se manifestar. Confirmo que a empresa do meu cliente foi invadida, mas garanto que não irão encontrar nada que o comprometa. O que sabemos até o momento, pela imprensa, é que a operação pode ter extrapolado os limites da cautelar, alcançando pessoas e objetos que não estão ligados ao caso", diz o comunicado.

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