Professora apresenta crise de infecção após encostar em mancha de óleo em praia de Salvador
Professora apresenta crise de infecção após encostar em mancha de óleo em praia de Salvador
Uma mulher apresentou febre, coceiça e dor após encostar em uma macha de petróleo cru que tem atingido as praias brasileiras. Taylane Conceição dos Santos, de 28 anos, começou a ter os sintomas na última quarta (6/11). Ela apresentou um quadro similar ao de uma crise por infecção.
Taylane, que é professora, contou ao Aratu On que estava caminhando na praia de Itapuã quando pisou em uma mancha de óleo. Ela continuou a caminhada e, chegando em casa, sujou alguns cômodos da sala antes de ir ao banheiro limpar. Mais tarde, no mesmo dia, ela acabou sentando em um desses pequenos fragmentos do óleo que estava no chão.
LEIA MAIS: Baiano tem quadro de intoxicação após entrar no mar no Rio Vermelho; "saí cheio de óleo"
LEIA MAIS: Fragmentos de óleo chegaram à praia da região Sudeste, diz Marinha
"Ao sentar, eu senti uma ardência na hora, no local, e muita coçeira. Fui trabalhar normalmente, mas quando cheguei no trabalho, o local começou a ficar muito quente", lembrou Taylane. Ela foi à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro, onde foi medicada.
No dia seguinte, quinta-feira (7/11), o quadro piorou e a mulher teve 40 graus de febre. Ao se consultar com um outro médico, recebeu o diagnóstico de que poderia ser uma "virose". "Continuei tomando o remédio que a médica anterior me receitou, mas de quinta-feira a domingo eu fiquei acamada".
SAÚDE
Outro homem também sentiu dores, febre e enjôo ao ter contato com o óleo, na praia do Rio Vermelho. Apesar desses casos, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hidricos (Inema) divulgou um comunicado na última sexta (8/11) dizendo que não há substâncias derivadas do óleo nas praias.
"Após fazer a análise das praias do Litoral Norte e de Salvador, [o relatório] confirma a ausência de hidrocarboneto, policíclico e aromático e (HPA) e Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e xileno (BTEX), substâncias derivadas do petróleo e que são fatores contaminantes e prejudiciais à saúde humana", diz a nota. No mesmo texto, o órgão aponta apenas sete praias impróprias para banho durante o último final de semana em Salvador, todas pelo número de coliformes fecais.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disse que, após um estudo encomendado pela pasta, os peixes das áreas afetadas pela mancha estão aptos para consumo humano. De acordo com o laudo, amostras coletadas na Bahia, no Ceará, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte não contêm níveis significativos de contaminação por petróleo que comprovem um risco a saúde.
LEIA MAIS: Conheça Nélio, o rodoviário que todas as noites divide seu alimento com um morador de rua; vídeo
Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuon.com.br/aovivo. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.