MPF denuncia prefeito e ex por criar empresa de fachada para desviar R$ 4,3 milhões de transporte escolar
MPF denuncia prefeito e ex por criar empresa de fachada para desviar R$ 4,3 milhões de transporte escolar
O ex-prefeito de Caitité, a 645 km de Salvador, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por desviar de R$ 4,3 milhões durante seu mandato, em 2009. Além de José Barreira de Alencar Filho, conhecido como "Zé Barreira", outras sete pessoas foram denunciados, incluindo o atual prefeito Aldo Ricardo Cardoso Gondim.
Todos os suspeitos teriam contratado a Cooperativa de Transporte Alternativo do Sul e Sudoeste da Bahia (Transcops), suspeita de ser usada para desvio de recursos de pelo menos três cidades. Segundo o MPF disse na segunda-feira (28/10), a denúncia foi ajuizada em 30 de setembro. Foram citados José Barreira de Alencar Filho, Antônio Gomes Silva, Aldo Ricardo Cardoso Gondim, Naira Junqueira Gomes, Rita de Cássia Alves Azevedo, Ana Karoline Adolfo da Silva, Silônio Vieira dos Santos e Paulo de Almeida Luz.
O objetivo da licitação era "contratar ônibus, micro-ônibus e vans para o serviço de transporte escolar em 113 linhas, num total de 11.377 km/dia, com estimativa de que seria dispendido valor total de R$ 4 milhões". Porém, várias irregularidades foram observadas, o que já invalida o processo. Também foi percebido que haviam transferência bancária feita pela Transcops para a conta bancária do ex-prefeito prefeito e de sua esposa.
Nas investigações, ficou comprovado que a Transcops não tinha sequer a capacidade para executar o serviço de transporte escolar. Por exemplo, o MPF verificou que não havia ônibus na frota, nem sequer motoristas que possuíssem habilitação tipo D, necessária para conduzir esse tipo de veículo. Ainda de acordo com o órgão, dois dos associados a cooperativa nem sequer tinham habilitação.
Em nota, o Ministério Público diz que a Transcops, "desde a sua criação, não passa de uma cooperativa de fachada e foi utilizada, de forma fraudulenta, ao longo dos últimos anos, por seus dirigentes, para cometer crimes em diversos municípios baianos e mineiros". A empresa é investigada por contratos nas cidades de Boquira, Ribeirão do Lago e Encruzilhada.
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