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CPI de Brumadinho pede indiciamento de diretores da Vale por "cegueira deliberada"

CPI de Brumadinho pede indiciamento de diretores da Vale por "cegueira deliberada"

Por Da Redação

CPI de Brumadinho pede indiciamento de diretores da Vale por "cegueira deliberada"Washington Alves/Reuters

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho, que terminou nesta quinta-feira (12/9) pediu o indiciamento da diretoria da Vale e outros funcionários por homicídio doloso eventual, quando a pessoa assume o risco de que mortes ocorram. No relatório final da cPI, feito pelo relator André Quintão (PT), foi apurado que houve "cegueira deliberada" pela mineradora.

A decisão foi divulgada após seis meses de investigação pela comissão, que foi criada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O rompimento da barragem ocorreu em janeiro deste ano e quase 250 pessoas foram mortas no acidente, além de 21 que continuam desaparecidas.

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De acordo com informações do Uol, foi pedido o indiciamento do ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman e do ex-diretor-executivo Peter Poppinga, que ocupavam a chefia no período da tragédia. A CPI também pediu que fossem responsabilizados a responsável técnica da barragem que ruiu, Cristina Malheiros, e os engenheiros da TUV Sud Makoto Namba e André Jum Yassuda, que assinaram o laudo de estabilidade da barragem. Além destes, a gerente de estrutura da Vale, Marilene Araújo, o geólogo Cesar Grand Champ, os gerentes Alexandre Campanha, Rodrigo de Melo, Joaquim de Toledo e Renzo Carvalho, e os diretores Silmar Magali e Lúcio Flávio Gallon Cavalli também devem ser indiciados, completando as 13 pessoas que tiveram o pedido de indiciamento por homicídio doloso eventual. 

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O relatório da investigação foi aprovado por unanimidade pelos sete membros da CPI e possui cerca de 300 páginas. Ainda de acordo com o site de noticias, a peça será encaminhada para a mesa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e não precisa passar por votação no plenário. Agora, a recomendação será feita ao Ministério Público (MP), que não tem prazo para resolver se abre uma investigação ou se arquiva a sugestão.

O relator pede também indenizações para as vítimas e os municípios afetados, além de recomendar aos órgãos públicos que tomem medidas para evitar novos desastres.

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Em nota encaminhada a UOL, a Vale afirmou que "discorda" do indiciamento de empregados da companhia feitos "de forma verticalizada, com base em cargos ocupados". A companhia ainda disse que é "fundamental que haja uma conclusão pericial, técnica e científica sobre as causas do rompimento B1 antes que sejam apontadas responsabilidades". Também por meio de nota, a TUV Sud informou que não comentaria o relatório da CPI, por causa das investigações. "A empresa reitera que tem cooperado com as autoridades para o esclarecimento das circunstâncias do colapso da barragem". 

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