Apesar das críticas do filho Carlos, café da manhã com Bolsonaro deve continuar
Apesar das críticas do filho Carlos, café da manhã com Bolsonaro deve continuar
As críticas de Carlos Bolsonaro aos cafés da manhã que seu pai tem realizado com jornalistas não foram suficientes, ainda, para o presidente Jair Bolsonaro desistir da sua realização.
Não houve ordem do presidente para acabar com os encontros e a tendência no Planalto é de continuar com o evento. Carlos Bolsonaro tuitou no sábado (20/7) que esses cafés da manhã deviam acabar, pois só servem para prejudicar o presidente.
"Sei exatamente o que acontece e por quem, mas não posso falar nada porque senão é fogo amigo", disse, referindo-se aos organizadores dos encontros. O principal deles é o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros.
A interpretação no Palácio é de que terminar com os encontros agora só serviria para amplificar as críticas ao presidente. Há no governo uma corrente que avalia que o Bolsonaro tem falado demais ultimamente, o que dá chance a escorregadas como a do café com a imprensa estrangeira.
Mas também há dentro do Planalto a avaliação de que os encontros têm melhorado a relação pessoal de Bolsonaro com jornalistas que cobrem política, historicamente muito ruim. E que o saldo entre notícias positivas e negativas resultantes dos encontros tem sido favorável ao governo.
Quanto a Carlos Bolsonaro, não é a primeira crítica que ele dirige à área de Comunicação do governo. Já conseguiu demitir dois ministros em discussões sobre o assunto: Santos Cruz, da Secretaria de Governo, e Gustavo Bebiano, da Secretaria Geral.
O filho do presidente também tem criticado a influência dos generais sobre o governo do pai. Em dobradinha com o guru bolsonarista Olavo de Carvalho, Carlos acha que os militares tentam tutelar o presidente e que eles precisam ter menos poder.
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