‘Braços cruzados’: alunos e professores de todo país fazem protestos nesta quarta
‘Braços cruzados’: alunos e professores de todo país fazem protestos nesta quarta
Manifestações em defesa de recursos para a educação foram convocadas para capitais e grandes cidades em todo o país nesta quarta-feira (15/5) após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, reduzir o orçamento das universidades federais e bloquear bolsas de pesquisa.
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O principal objetivo da mobilização, segundo os organizadores, é mostrar à população a importância das universidades no ensino, na pesquisa e na prestação de serviços à sociedade. As manifestações ocorrem após o anúncio de cortes e bloqueios pelo Ministério da Educação no governo Jair Bolsonaro.
Recursos para todas as etapas de ensino, da educação infantil à pós-graduação, foram reduzidos ou congelados. A medida inclui verbas para construção de escolas, ensino técnico, bolsas de pesquisa e transporte escolar.
O bloqueio total de despesas do MEC anunciado até agora é de R$ 7,4 bilhões. Nas universidades federais, chega a R$ 2 bilhões, o que representa 30% da verba discricionária (que não inclui salários, por exemplo). Nesta terça-feira (14), Weintraub disse que não descarta novos bloqueios no orçamento da pasta após previsão de crescimento menor da economia.
Na véspera dos protestos, oposição e centro conseguiram impor uma derrota ao governo e aprovar a convocação de Weintraub para explicar os cortes no plenário da Câmara nesta quarta. Partidos como PP, MDB, PRB, Podemos e PTB votaram favoravelmente à convocação do ministro, que deve ser questionado sobre os bloqueios de verbas do MEC. Cientistas têm alertado também para o efeito dos contingenciamentos do governo Bolsonaro sobre a pesquisa feita no país.
Os dois principais órgãos que financiam pesquisas no país, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), ligada ao Ministério da Educação, foram atingidos.
Mais de 40% do orçamento do Ministério da Ciência foi contingenciado, e quase 3.474 bolsas de mestrado e doutorado da Capes foram cortadas, ou 4% do total de benefícios financiados pelo MEC, que representam gasto de em torno de R$ 50 milhões ao ano.
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