Diálogo com moradores garante requalificações sem transtornos no Centro de Salvador

“Desculpem o transtorno” foi uma frase que não precisou ser dita pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) durante a requalificação feita no bairro do Comércio, em Salvador. Os empresários e moradores da região trabalharam lado a lado com o órgão durante cada etapa.

Isso é o que conta o comerciante Carlos Correia, que há 45 anos mantem uma papelaria na rua Rodrigues Alves, e acompanhou de perto – e efetivamente – as etapas da requalificação do asfalto ao longo do seu estabelecimento.

“Eles reuniram nós todos em um encontro e explicaram cada passo do serviço. Nessa reunião, ficou definido que um grupo de pessoas, entre comerciantes e moradores, iria acompanhar a obra de perto e passaria tudo para eles: se encontrasse algum erro, se estava sendo cumprido direito e quais eram nossas necessidades. A partir disso os comerciantes ficaram otimistas, porque antes eram só ruínas”, contou Carlos.

O projeto ‘Pelas Ruas do Centro Antigo de Salvador’ de pavimentação de vias e requalificação de calçadas segue estratégia de planejamento e execução para a implantação de melhorias em ruas antigas e estreitas da capital baiana. O maior desafio foi evitar transtornos para moradores, empresários e instituições presentes na região e, ao mesmo tempo, proporcionar acessibilidade e conforto para pedestres e clientes.

Cada etapa, desde a logística na implantação do canteiro de obra, do armazenamento e transporte do material a ser utilizado, até a comunicação com a população envolvida foi planejada com antecedência, conforme explicou Sydney Oliveira, coordenadora do social da Diretoria do Centro Antigo de Salvador (Dircas/Conder).

“A população foi comunicada quando, por exemplo, era necessário o bloqueio da via para a recolocação do paralelepípedo. Além do período do assentamento da pedra, é necessário um tempo de cura para que o trabalho não precise ser refeito”, explicou.

Foto: divulgação/Conder

A equipe social da Conder, responsável pela execução das obras, chegou a visitar 153 ruas da região, com o objetivo de esclarecer previamente cada etapa do projeto e também sensibilizar a população da importância da sua participação para o bom andamento da obra.

Ainda segundo o órgão, a conversa com os moradores ajuda a observar particularidades da rua, os aspectos importantes da sua composição, as instituições presentes, moradores que precisam de cuidados especiais, como cadeirantes e idosos.

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