MP acusa PMs por morte de criança no Jardim Santo Inácio; caso completa um ano
MP acusa PMs por morte de criança no Jardim Santo Inácio; caso completa um ano
A morte da criança Geovana Nogueira completou um ano nesta quinta-feira (24/1). Ela foi baleada na comunidade “Paz e Vida”, no bairro do Jardim Santo Inácio, em Salvador, durante uma operação da Polícia Militar.
A menina tinha 11 anos na época do ocorrido e, de acordo com familiares, estava dentro de casa quando foi atingida. Parentes relataram ainda que os integrantes da guarnição chegaram atirando na Avenida Brasil. Também nesta quinta, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) confirmou ao Aratu Online que denunciou os PMs.
Pela versão oficial, agentes do Serviço de Inteligência (Soint) – que não usam farda e trabalham em uma viatura que não tem padronização – realizavam uma investigação na localidade quando foram surpreendidos por traficantes armados. No confronto, Geovana se assustou e correu para a porta de casa antes de ser ferida.
Segundo o MP-BA, os policiais Nildson Jorge Sousa França e Emerson Camilo Sales Pereira foram os responsáveis pelo assassinato. Eles, inclusive, devem ser julgados no próximo dia 8 de julho.
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Após 12 meses e mesmo sabendo do julgamento, familiares da vítima realizaram uma manifestação. O protesto aconteceu no início da tarde desta quinta na frente do Fórum Ruy Barbosa, no centro de Salvador. “Estamos satisfeitos [com as investigações], mas nós não vamos parar”, disse a mãe de Geovana, Maria Ângela de Jesus.
INVESTIGAÇÕES
Por meio de nota, tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil informaram que os inquéritos foram concluídos e encaminhados ao Ministério Público.
Além de identificar os agentes envolvidos, o MP constatou que Nildson e Emerson chegaram ao local do crime na viatura descaracterizada, modelo Ford KA, de placa policial PKF 3504, quando deram início à deflagração de tiros que atingiram a vítima, que teria aberto a porta de casa para receber o avô que chegava.
Segundo a promotora de Justiça Armênia Cristina Santos, autora da denúncia, os policiais “ao atirar naquelas circunstâncias, assumiu o risco de atingir alguém, o que efetivamente aconteceu”. Ainda segundo a promotora, testemunhas ouvidas negaram a versão sustentada pelos policiais que teria acontecido um confronto.
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