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“Cemitério de rabecões” em Salvador: encontramos e fizemos imagens; assista

“Cemitério de rabecões” em Salvador: encontramos e fizemos imagens; assista

Por Da Redação

“Cemitério de rabecões” em Salvador: encontramos e fizemos imagens; assistaAratu Online

O trocadilho é inevitável: existe um cemitério de “rabecões” – nome popular dado às viaturas do Departamento de Polícia Técnica (DPT) responsáveis por recolher corpos – em Salvador. Ele está lá, para todo mundo ver. A diferença é que os coveiros são mecânicos e a área verde – comuns nos melhores cemitérios – é trocada por um grande galpão.


O endereço: Rua Valmir Alcântara, na localidade conhecida como Baixinha do Santo Antônio – uma via entre a Rua Silveira Martins, no Cabula, e a Avenida Luís Eduardo Magalhães -. A reportagem do Aratu Online achou na oficina (chamada de cemitério nessa reportagem) pelo menos cinco viaturas do DPT para fazer manutenção.


Responsáveis pelo estabelecimento foram procurados, mas não quiseram dar entrevista oficialmente. Porém, a reportagem conseguiu a informação que dois dos “rabecões” estavam prontos para serem entregues. Os demais estavam lá, ainda sem (ou nenhuma) previsão que retornem às ruas para fazer o trabalho por falta de peças.


As três viaturas (que davam para ver da porta mesmo) restantes, inclusive, tinham muita poeira e pneus furados, tudo digno de um cemitério sem muita manutenção.


VEJA VÍDEO:



ATENDIMENTO


O Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc), que não sabia da existência do “cemitério” das viaturas do DPT localizado na Baixinha do Santo Antônio, relata que o problema da manutenção dos carros é recorrente.


“O estado acabou com o contrato dos veículos terceirizados. Para economizar, comprou frota própria. O problema disso é que várias viaturas param por conta de falta de óleo e problemas nos amortecedores”, exemplifica o presidente Eustácio Lopes.


O DPT, oficialmente, não diz a quantidade de “rebecões” que atendem Salvador e RMS. Para o Sindpoc, com os automóveis na oficina, os corpos que precisam ser transportados ficam horas expostos, muitas vezes na via pública. “Esse sucateamento sobrecarrega as equipes. A mesma viatura que atende Salvador, atende Lauro de Freitas, por exemplo. Por conta disso, já vimos protesto de populares por conta da demora na remoção de corpos”, finaliza.


Segundo o Sindpoc, os carros quebrados atrapalham no atendimento à população. Arte: Aratu Online


POSICIONAMENTO 


Por meio de nota, a assessoria do Departamento de Polícia Técnica informou que parte da frota de rabecão é própria. Os demais são resultado de um contrato de locação que tem cinco anos.


O órgão disse desconhecer o “cemitério” localizado na Baixinha do Santo Antônio, alegando que os veículos se encontram em manutenção em uma oficina contratada pelo Governo do Estado. O DPT assegurou ainda que uma nova licitação está em andamento para a contratação de novos veículos.


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