Rui Costa sobre BRT de Salvador: “estou tentando evitar falar sobre isso”
Rui Costa sobre BRT de Salvador: “estou tentando evitar falar sobre isso”
O governador Rui Costa (PT) comentou a polêmica implantação do Bus Rapid Transit (BRT), sigla para “ônibus rápido” em inglês, na capital baiana, durante visita ao Aratu Online, nesta terça-feira (15/5).
Até então, o petista tinha evitado comentar sobre a construção de responsabilidade da prefeitura. “Por ser ano de eleição, estou tentando evitar falar sobre isso, para não politizar o tema”, explicou o governador.
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“Minha opinião eu omiti em 2013, quando eu era secretário, porque na época estávamos conversando sobre o metrô e as vias estruturantes e eu disse que achava que era um projeto de uma qualidade ruim, muito caro e ambientalmente criticado”, relembrou.
De acordo com o governador, a situação se agrava quando se pensa no futuro. “Ele compromete a cidade, porque, ao contruí-lo, impedirá que daqui a dez ou vinte anos um governador ou prefeito possa colocar um projeto mais moderno, já que eles vão construir tantos elevados agora. Além de feio, impedirá a instalação de algo melhor lá na frente. Sugeri a mudança do projeto, mas ele tá sendo tocado e eu quero evitar falar disso, porque eu quero ajudar a cidade e não ajudaria assim”.
Rui concluiu sugerindo outra forma de repensar a implantação do sistema. “Eu acho que instâncias como a imprensa deviam se mobilizar para produzir um debate com técnicos, especialistas, urbanistas, arquitetos e ambientalistas para comentarem sobre isso e tentar sensibilizar o município com relação ao projeto”.
BRT
Na semana passada o secretário de Mobilidade Urbana de Salvador, Fábio Mota, esteve no Aratu Online e explicou detalhes do projeto. Com um investimento de mais de R$ 800 mi, oriundos de financiamento junto à Caixa Econômica Federal, o primeiro trecho terá 2,9km de extensão e vai da Lapa ao Iguatemi.
Os veículos utilizados pelo sistema serão do tipo ônibus articulados com capacidade para 170 passageiros, portas largas e comprimento máximo de 23 metros, operando a uma velocidade comercial de 25 a 40 km/h. As intervenções envolvem também a construção de três viadutos e elevados paralelos.
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*Publicada originalmente às 12h54