SEGUNDO ROUND: Veja os perfis dos desembargadores que vão julgar Lula na quarta-feira
SEGUNDO ROUND: Veja os perfis dos desembargadores que vão julgar Lula na quarta-feira
O ex-presidente Lula será julgado, na próxima quarta-feira (24/1), pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus. Eles são responsáveis, em segunda instância, no chamado processo do tríplex, da Operação Lava Jato.
Os magistrados compõem a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre e julgam os recursos dos casos criminais da Lava Jato, sentenciados pelo juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná.
Um fato preocupante para Lula é que até agora, os desembargadores mantiveram a maioria das condenações de Moro a políticos e integrantes de partidos, em alguns casos com aumento de penas.
Segundo levantamento do site de notícias UOL, os três possuem currículos distintos e já assumiram posições diferentes em casos da Lava Jato, mas têm em comum a discrição. Participam de poucos eventos públicos e praticamente não dão entrevistas.
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Gebran, de 53 anos, é especialista em direito penal e constitucional. Foi colega de Sergio Moro em um mestrado na Universidade Federal do Paraná e a amizade entre os dois magistrados já motivou uma série de pedidos de suspeição por parte da defesa de Lula. Até agora, todos foram negados.
Paulsen, de 47 anos, chegou a ser indicado pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) em 2014 para a vaga de Joaquim Barbosa no STF, onde foi juiz auxiliar. Hoje atuando no direito penal, é especialista em direito tributário e professor da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).
Laus, de 54 anos, fez carreira no Ministério Público Federal, onde atuou em casos das áreas criminal, tributária e previdenciária. Da 8ª Turma, é quem está há mais tempo no TRF-4: entrou em 2003, dez anos antes de Gebran e Paulsen.
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A decisão deles pode ser crucial para o futuro de Lula, que quer disputar a presidência nas eleições deste ano e lidera as pesquisas de intenção de voto.
Se sua condenação for confirmada em segunda instância, o ex-presidente pode ficar inelegível, segundo os critérios da Lei da Ficha Limpa. O petista pode até mesmo ir para a cadeia, depois de esgotados os recursos no TRF-4.
Ainda de acordo com o UOL, no começo do mês, o TRF-4 comunicou órgãos de segurança sobre ameaças a magistrados da corte, mas até o momento não houve detalhes sobre o teor ou a motivação das mesmas.
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