PREÇO CARO: Sem reforma da Previdência, país precisará elevar impostos, diz secretário
PREÇO CARO: Sem reforma da Previdência, país precisará elevar impostos, diz secretário
O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, afirmou que, sem a reforma da Previdência, o país terá que aumentar a carga tributária ou cortar gastos em outras áreas.
Segundo ele, ao analisar o assunto, é preciso considerar não só o quadro atual, mas o cenário no futuro. Caetano disse que o país passa por processo ?rápido? de envelhecimento.
De acordo com o secretário, enquanto hoje os valores pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) consomem 8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos no país), em 2060 esse percentual deve atingir entre 17% e 18% do PIB.
Caetano falou sobre o assunto em entrevista ao programa Diálogo Brasil, da TV estatal. Durante o programa, o secretário respondeu a perguntas e comentou pontos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da reforma e foi encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional no fim do ano passado.
LEIA MAIS: DIA DA MULHER: Ronda Maria da Penha recebe prêmio por projeto
O secretário também rebateu a afirmação de que não existe déficit da Previdência. Alguns especialistas e entidades, como a Associação Nacional dos Auditores Fiscais e da Receita Federal do Brasil (Anfip) argumentam que as contas da Previdência devem ser consideradas no contexto da seguridade social, sistema que também abrange a saúde e a assistência social e tem fontes próprias de financiamento. Entre essas fontes estão recursos das loterias federais.
Segundo Marcelo Caetano, no entanto, esses recursos são inteiramente consumidos pela seguridade e ainda drenados pela Previdência. ?Tem um dinheiro da seguridade social que está indo financiar a Previdência e deixando de ser usado na saúde e assistência social?, disse.
De acordo com secretário, a proposta do governo inclui, inclusive, a classe política. ?Quem passar a ter um novo mandato eletivo [após a reforma] entrará no Regime Geral de Previdência Social [regime vinculado ao INSS]?, informou. Ele lembrou, contudo, que bombeiros e policiais militares e membros das Forças Armadas não estão incluídos na proposta de reforma em tramitação no Congresso.
?Para bombeiros e policiais é o próprio estado que faz a alteração. A questão das Forças Armadas, a ideia é formar um grupo de estudo pelo Ministério da Defesa [para discutir a reforma]?, afirmou.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos na página facebook.com/aratuonline e também pelo youtube.com/portalaratuonline.