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VÍTIMAS DO CAOS: Tia e sobrinha atropeladas por ônibus convivem com sequelas e descaso

VÍTIMAS DO CAOS: Tia e sobrinha atropeladas por ônibus convivem com sequelas e descaso

Por Jean Mendes

VÍTIMAS DO CAOS: Tia e sobrinha atropeladas por ônibus convivem com sequelas e descasoAratu Online

As mulheres atropeladas por um ônibus dentro da Estação Pirajá, em Salvador, ainda convivem com sequelas do caso. Exatamente duas semanas depois do acidente, uma familiar das vítimas concedeu entrevista exclusiva à equipe de reportagem do Aratu Online e falou sobre os dramas que suas parentes vivem desde aquele dia 3 de fevereiro.


Ana Cristina Mendonça e sua sobrinha deficiente de 15 anos foram atropeladas pelo coletivo que desembarcavam. “Ela me contou que se virou para pegar a menina. Neste momento, o motorista ‘arrastou’ o ônibus sem perceber que ainda tinha passageiros lá dentro”, conta Maria das Graças, irmã de Ana e tia da adolescente.


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Ambas saíram do bairro de Cajazeiras a bordo do ônibus de número 20299 com destino à Cidade Baixa, onde a jovem faz fisioterapia. Na Estação Pirajá elas embarcariam em outro coletivo, o que não aconteceu. Depois do atropelo, as vítimas foram encaminhadas para o Hospital Geral do Estado (HGE).


A adolescente recebeu alta hospitalar logo depois do acidente, enquanto Ana Cristina ainda está internada com algumas luxações. “Ela [jovem] sente muitas dores nas pernas. Ela tinha dificuldade para andar e estava melhorando. Mas, depois do acontecimento, teve uma piora”, lembra Maria.


Ainda segundo a familiar, a CCR, empresa que administra a estação de transbordo e não é responsável pelo trânsito no local, foi procurada para ceder as imagens daquela oportunidade. “As câmeras ficam exatamente de onde aconteceu o atropelo. Lá eles admitiram que houve imprudência do motorista”, conta.


RESPOSTAS


A Integra OT Trans, responsável pelo ônibus, disse por meio de nota que não foi procurada pelas vítimas ou por seus representantes e não sabia como contatá-las. No registro da Superintendência de Trânsito e Transportes (Transalvador) sobre o acidente, alega ainda a empresa, não constava telefone nem endereço para contato.


O grupo pontuou ainda que somente na quinta-feira (16/2) – curiosamente na mesma data que foi questionado pela equipe do Aratu Online – seus funcionários conseguiram dados para contato na 11ª Delegacia Territorial (DT/Tancredo Neves). A OT Trans informou que não se omitiu e prometeu prestar assistência às vítimas.


A CCR comunicou que não cede imagens do circuito interno para a imprensa.


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