POLÊMICA: Comissão começa a ouvir vítimas de assédio em universidade baiana
POLÊMICA: Comissão começa a ouvir vítimas de assédio em universidade baiana
A comissão do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que apura as denúncias de assédio sexual e moral no Campus XVIII da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) está em Eunápolis, extremo sul da Bahia, onde começou a ouvir nesta segunda-feira (19/12), o que professores e alunos arrolados como testemunhas ? além das próprias mulheres apresentadas como vítimas ? têm a falar.
O Aratu Online falou sobre o polêmico assunto há pouco mais de dois meses. Na época, a Uneb informava que “por meio de uma sindicância instaurada em julho deste ano apura o caso, que, por sua vez, viria ocorrendo desde 2014”. A denúncia foi feita formalmente (em julho de 2016) à universidade por uma professora.
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A previsão é que, até amanhã (20/12), pelo menos 20 depoimentos sejam coletados pela equipe apuradora, que é formada por servidores da universidade enviados da Capital. Circulam no espaço da universidade e das redes sociais, desde junho deste ano, relatos contestando o comportamento do professor Alex Sandro Macedo Almeida, que leciona no Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias do Campus XVIII da universidade, localizado em Eunápolis.
Segundo estudantes e docentes, o professor costuma constranger, sem nenhuma cerimônia, alunas e colegas de trabalho para que elas tenham com ele encontros sexuais. Pesa contra ele a acusação de ser reincidente, já que, segundo uma ex-colega, hoje também professora universitária, Alex teria lhe agredido, em 2010, quando ambos eram alunos do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ela o acusa de ter lhe agarrado à força, obrigando-a a beijá-lo na boca.
Investigação
Em entrevista na última sexta-feira (16/12), após receber o título de Cidadão Baiano da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o reitor da Uneb, José Bites de Carvalho, enfatizou que a comissão está trabalhando e, em nenhum momento, a universidade se absteve de tomar as medidas necessárias para apuração do caso.
Levando em conta o prazo de 60 dias a contar de 16 de novembro, data de instauração do processo disciplinar, a comissão tem até meado de janeiro de 2017 para concluir os trabalhos e apresentar o relatório das apurações ao reitor, que tomará a decisão final a partir do que foi levantado.
De acordo com Bites, todo o processo terá seus resultados divulgados no momento certo. “Caso comprovado efetivamente, serão penalizados os responsáveis por qualquer ato ilícito ou criminoso no âmbito institucional”, assegurou.
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*Publicada originalmente às 12h38