MAIS DO MESMO: Sem muitas novidades, Iphone 7 decepciona e derruba bolsa de valores

A internet já sabia. O mais novo aparelho top de linha da Apple, o iPhone 7, foi apresentado ao mundo na última quarta-feira (7/9), mas suas novas funcionalidades já haviam sido especuladas, vazadas, debatidas e julgadas nos mais diversos tipos de sites, fóruns e comunidades digitais. Líder absoluta do mercado, a companhia do saudoso Steve Jobs parece sofrer com o que todos, também, já previam.

 O iPhone chega à sua sétima geração com um número reduzido de novidades, o que já vem acontecendo principalmente quando se trata de design. Muito provável, analisam, é que isto se deva ao preço de mercado com que a Apple deseja trabalhar. Ou seja, mudanças mais ousadas demandariam um aumento ainda mais significativo nos custos dos aparelhos. O que já é caro, se tornaria exorbitante.

Ainda assim, a carência de novos atributos não decepcionou apenas consumidores. Ações da Apple na bolsa de valores de Wall Street caem desde a apresentação do produto em São Francisco, na Califórnia.

Por enquanto com pré-venda disponível apenas lá para os Estados Unidos, o smartphone da maçã está sendo praticado entre 649 e 969 dólares, algo em torno de R$2.120 e R$3.070 ? preço que ainda deve aumentar bastante no Brasil. O aparelho traz como principais atrativos duas câmeras frontais de 12 megapixels com estabilização ótica, resistência à água, som em qualidade estéreo e bateria com maior capacidade de duração. Foi lançada também uma nova cor: a Jet Black, tom de preto brilhante desenvolvido para marcar a nova linha.

Câmeras frontais são principal atrativo do iPhone 7

 Como de costume, fóruns e canais dedicados a tutoriais de produtos da Apple no YouTube estão em polvorosa. Os avanços da câmera e da bateria são, sem dúvida, pontos favoráveis para o dispositivo, muito utilizado por profissionais de comunicação. No entanto, quando comparados os desempenhos dos predecessores iPhone 6 e iPhone 6s, fotos e vídeos não apresentam contrastes que justifiquem a troca diante de seu custo-benefício.

 Já a bateria, um problema enfrentado há alguns anos pela fabricante, vem com a promessa de finalmente conseguir passar um dia inteiro sem precisar de recarga. Esta pode ser a diferença crucial entre o ?novo? iPhone e seus concorrentes. No entanto, a companhia reluta em fornecer mais informações sobre o assunto, tentando fazer com que os clientes descubram por eles próprios.

Sem data confirmada para chegar ao Brasil, especialistas recomendam a compra para consumidores que usem o mesmo smartphone há, pelos menos, dois anos. Fora isso, consideram que fazer o upgrade seria prejuízo.

Fato é que, afinal e sem grandes alardes, o iPhone 7 não é um novo aparelho, mas um sutil aperfeiçoamento dos que já estão no mercado.

Texto: Matheus Pastori