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REVIRAVOLTA: Polícia descarta homofobia e diz que jovem caiu de balaustrada no Rio Vermelho

REVIRAVOLTA: Polícia descarta homofobia e diz que jovem caiu de balaustrada no Rio Vermelho

Por Da Redação

REVIRAVOLTA: Polícia descarta homofobia e diz que jovem caiu de balaustrada no Rio VermelhoDivulgação - Polícia Civil

Testemunhas relataram à polícia que viram o estudante Leonardo Moura, encontrado morto no dia 9 de julho, cair da balaustrada da praia do Alto da Sereia, na Avenida Oceânica. As declarações, segundo a polícia, coincidem com as informações passadas à central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para os socorristas que foram ao local.


Na manhã desta sexta-feira (15/7), uma equipe de policiais da 1ª delegacia (DH/Atlântico), juntamente com o Departamento de Polícia Técnica (DPT) e um dos socorristas do SAMU, que prestou os primeiros atendimentos ao estudante, estiveram no local para fazer a perícia. Enquanto levantavam informações buscando vestígios do ocorrido, o grupo foi abordado por moradores do local, que afirmaram ter visto Leonardo caindo da balaustrada.


As testemunhas foram encaminhadas para a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e ouvidas pela delegada Mariana Ouais, titular da 1ª DH/ Atlântico, responsável pelo caso. ?Uma das testemunhas contou que viu Leonardo andando na calçada, cambaleando, sozinho, e, instantes depois, já estava caído de bruços na areia da praia, bem onde fica uma vala de esgoto?, disse a delegada.


Enquanto os peritos do DPT, que estavam no local, mediam a altura entre a balaustrada e o chão, calculada em 4,7 metros, testemunhas informavam também que uma viatura da polícia militar passou no local instantes depois do acidente e os policiais foram chamados para auxiliar no socorro. Eles ficaram com Leonardo até o SAMU chegar.


Ainda de acordo com a delegada, os PMs já estão sendo identificados e serão chamados para depor no DHPP sobre o caso. Também estão sendo aguardadas imagens do local e os prontuários do Samu, do HGE e laudos do DPT.


A reportagem do Aratu Online tentou contato com os parentes de Leonardo e o advogado da família, mas eles não quiseram se pronunciar sobre o caso.


protesto


SOCORRISTAS


Os socorristas também foram ouvidos na manhã desta sexta-feira (15/7) pela delegada e relataram que foram chamados para atender um caso de queda, próximo ao restaurante Sukiaki, por volta das 6h10. Segundo o técnico Márcio Santiago, que foi o primeiro a chegar ao local, Leonardo estava sentado na praia, na companhia dos policiais militares. ?Ele estava lúcido. Perguntei nome, idade, endereço e ele respondeu tudo?, contou Santiago, que depois de verificar os sinais vitais, passou a seguir o protocolo de trauma.


A vítima foi imobilizada e levada para a unidade móvel na prancha rígida, contando com a ajuda dos policiais militares. Márcio disse que chegou a perguntar o que havia acontecido a Leonardo, mas ele disse se lembrar apenas que estava caminhando na calçada.

Santiago disse ainda, que não viu nenhum hematoma correspondente a uma agressão no corpo de Leonardo. ?Se ele tinha escoriações, eram tão discretas, que não vimos. Ele não queria ser levado para o hospital, pedia para ir para casa?, explicou o socorrista.


HOMOFOBIA


Inicialmente, havia a suspeita de que Leonardo Moura tivesse sido agredido e o crime fosse motivado por homofobia – rejeição ou aversão a homossexual e à homossexualidade.


O jovem saiu da boate San Sebastian na madrugada do último sábado (9/7) e foi encontrado caído na praia.


Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), de onde saiu e foi pra casa depois de assinar um termo se responsabilizando pela sua alta médica. Mas Leonardo passou mal novamente e voltou para o hospital, onde não resistiu e morreu.


Por conta disso, um protesto foi organizado pela liderança do Grupo Gay da Bahia (GGB) para chamar a atenção sobre os assassinatos e violência sofrida por homossexuais. A concentração está marcada para acontecer às 18h desta sexta-feira (15/7) em frente a boate San Sebastin.


Os manifestantes vão marchar até a Igreja do Rio Vermelho com palavras de ordem, protestos e performances.


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