CASO GEOVANE: Primeira audiência da polêmica ação policial acontece hoje; Três testemunhas de acusação serão ouvidas
CASO GEOVANE: Primeira audiência da polêmica ação policial acontece hoje; Três testemunhas de acusação serão ouvidas
Um ano e meio depois do desaparecimento de Geovane Santana Mascarenhas, 22 anos, a primeira audiência do caso será realizada às 9h desta sexta-feira (19/2), no Fórum Criminal de Sussuarana.
Três testemunhas de acusação, entre elas Jurandy Silva, 42, o pai do jovem morto dentro da sede da Rondesp, serão ouvidas na audiência de instrução pela juíza Gelzi Maria Almeida Souza, da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Além de Jurandy, serão ouvidos a mulher de Geovane, Jamille Santos de Jesus, e a mãe da filha de 2 anos do jovem.
O Ministério Público do Estado (MPE) denunciou 11 PMs pelos crimes de sequestro, roubo (a moto e o celular de Geovane não foram localizados) e homicídio qualificado (por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima). Seis deles foram denunciados também por ocultação de cadáver. Eles respondem em liberdade.
Em uma outra data, serão ouvidos os réus do processo, os 11 PMs, e posteriormente, as testemunhas de defesa. Em seguida, o MPE fará as alegações finais ? um resumo dos autos ? que serão encaminhadas ao juiz do caso.
Caso ?
Geovane Mascarenhas de Santana sumiu no dia 2 de agosto de 2014 e os restos mortais foram encontrados no dia seguinte, no Parque São Bartolomeu, na capital baiana. O laudo do Departamento de Polícia Técnica da Bahia constatou que o rapaz foi decapitado, carbonizado, teve duas tatuagens removidas do corpo e os órgãos genitais retirados. O jovem foi enterrado no dia 24 de agosto, no município de Serra Preta, no interior da Bahia.
Três policiais militares suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Geovane Mascarenhas de Santana, que foi encontrado morto em Salvador, chegaram a ser presos em de agosto de 2014, no Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas, região metropolitana da capital baiana.
Os três PMs foram soltos no dia 12 de outubro, após cumprirem 60 dias de prisão provisória. O advogado dos policiais, Vivaldo Amaral, informou na época que o delegado não requereu prisão preventiva.
Os PMs suspeitos são Cláudio Bonfim Borges, Jailson Gomes de Oliveira e Jesimiel da Silva Resende. Um deles é subtenente, com mais de 20 anos de atuação, e era comandante da guarnição. Os demais têm 11 e 14 anos de polícia.
Segundo o coronel Alfredo Castro, em depoimento os PMs afirmam que o rapaz foi abordado por ter características semelhantes às de um assaltante que teria roubado uma mulher na região da Calçada. Eles sustentaram na época que levaram Geovane até a mulher, mas ela não o reconheceu como o ladrão e depois disso ele teria sido liberado.
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