Justiça aceita denúncia contra Edilson ?Capetinha? por fraudar prêmios da loteria
Justiça aceita denúncia contra Edilson ?Capetinha? por fraudar prêmios da loteria
A Justiça Federal aceitou denúncia feita contra 16 pessoas acusadas de fraudar pagamentos referentes a prêmios da Caixa Econômica Federal. Entre os suspeitos, está o jogador Edilson ?Capetinha?, pentacampeão mundial com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2002.
De acordo com o Ministério Público Federal de Goiás (MPF/GO), o grupo cometeu crimes como furto qualificado por fraude, estelionato, moeda falsa, falsificação de documento público e corrupção passiva. A denúncia foi apresentada no final do ano passado, durante a Operação Desventura.
Durante as investigações, a Polícia Federal (PF) flagrou conversas de Edilson que mostram o envolvimento dele com o grupo. Á época das acusações, ele veio a público negar o seu envolvimento no esquema de corrupção.
Segundos dados oficiais, somente no ano passado cerca de R$ 60 milhões foram desviados em benefícios dos participantes da quadrilha. Os investigadores constataram que o esquema criminoso contava com a ajuda de correntistas do banco, que eram escolhidos por movimentarem grandes volumes financeiros e que foram usados para recrutar gerentes da Caixa para serem utilizados na fraude. Dentre esses correntistas, estava Edilson.
De posse de informações privilegiadas, a quadrilha contatava esses gerentes, que se encarregavam de viabilizar o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de forma irregular os bilhetes falsos.
Operação Desventura
Deflagrada em outubro de 2015, a Operação Desventura contou com 250 policiais federais que cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, oito de prisão temporária, 22 de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão, expedidos pelo juiz federal Leão Aparecido Alves, da 11ª Vara Federal de Goiânia.
O procurador da República Helio Telho chegou a classificar as atividades criminosas do grupo como uma verdadeira ?usina de golpes?. As investigações mostraram que o ex-jogador era um dos responsáveis por cooptar gerentes da Caixa a fim de participarem de fraudes para recebimento indevido de prêmios.