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Desaba caixa d’água de prédio embargado pela Sucom; Dono, chamado de ‘Sérgio Naya baiano’, está desaparecido

Desaba caixa d’água de prédio embargado pela Sucom; Dono, chamado de ‘Sérgio Naya baiano’, está desaparecido

Por André Uzêda

Desaba caixa d’água de prédio embargado pela Sucom; Dono, chamado de ‘Sérgio Naya baiano’, está desaparecido

Desabou na madrugada desta terça-feira (26/1) uma caixa d’água de um prédio de 11 andares no bairro de Patamares, em Salvador. Os entulhos caíram em um condomínio ao lado do prédio, local onde moram três famílias. Felizmente ninguém ficou ferido.


O responsável pela obra é Antônio Carlos dos Santos. Ele é acusado de construir obras irregulares em várias partes da cidade. Santos assina, por exemplo, a obra do condomínio Jardim Brasília, em Pernambués, construído com o registro do “habite-se” falso — este documento é o atestado, liberado após fiscalização dos órgãos públicos, que o empreendimento está dentro das normas padrão e pode ser habitado.


Entulhos da caixa d'água que caíram do prédio em Patamares

Entulhos da caixa d’água que caíram do prédio em Patamares


O prédio de Patamares também está irregular. Segundo a prefeitura, o proprietário só tinha permissão, no alvará de construção, para levantar seis andares. Por conta própria ele ergueu 12. Antônio Carlos dos Santos está sumido desde que, ano passado, seus dois prédios (em Patamares e Pernambués) começaram a apresentar rachaduras e problemas na estrutura base.


Pelos inquilinos ele é chamado de ‘Sérgio Naya baiano’. A alusão é ao engenheiro e empresário carioca, já falecido, que construiu o prédio Palace II — que desabou no Rio de Janeiro por ter sido construído, supostamente, com material de baixa qualidade.


A Sucom ainda não sabe se irá demolir a construção de Patamares. Na manhã desta terça-feira técnicos do órgão estiveram no local e retiraram materiais de construção que estavam sendo usados pelos operários.


Sucom esteve no local após a queda da caixa d'água para apreender material de construção

Sucom esteve no local após a queda da caixa d’água para apreender material de construção


“Vamos precisar fazer um estudo detalhado. Se essa obra vier abaixo pode comprometer a situação de outras casas. Uma coisa é certa: a obra está embargada e, se não demolirmos, vamos fechar para uso”, diz Murilo Mendonça, diretor de fiscalização da Sucom.


Os moradores vizinhos se mostram revoltados com a situação. “Antônio [o proprietário do prédio] é um assassino. Despencar uma parede de um reservatório é para matar uma pessoa. E não foi a primeira vez que isso aconteceu. Desde que esse prédio começou a ser construído várias vezes coisas despencaram desta construção. É um desastre anunciado”, disse Rafaela Galvão, dona de casa, que mora em um condomínio ao lado do prédio irregular.


 


 



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