Militantes do PT na Bahia defendem Wagner de acusações na Lava Jato
Militantes do PT na Bahia defendem Wagner de acusações na Lava Jato
Um encontro estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), realizado em Salvador, saiu em defesa do ex-governador da Bahia e atual Ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que teve o nome ligado à Operação Lava Jato durante a semana passada. O evento reuniu militantes da tendência interna do PT Esquerda Popular Socialista (EPS), deputados, secretários e prefeitos baianos, no sábado (09).
De acordo com o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), um dos líderes da corrente no estado, Wagner é alvo de devassa por ter fortalecido o setor político da presidente da República. ?A defesa é contra a tentativa torpe de setores da mídia e do judiciário que criminosamente vazam depoimentos e frases descontextualizadas dos processos e inquéritos da operação Lava Jato. Tudo isso para utilizá-las como arma política contra o PT?, defende Assunção.
O nome do então governador aparece em duas oportunidades. A primeira delas foi após a apreensão do celular do ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro. O jornal ?O Estado de S. Paulo” revelou mensagens de Pinheiro em que Wagner fala sobre a liberação de recursos do governo federal em troca de apoio financeiro das campanhas eleitorais municipais em Salvador, em 2012, onde aparece também o nome do candidato Mário Kértesz, que diz não estar envolvido em nenhum esquema.
Dias depois, o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato, contou que Wagner recebeu dinheiro da estatal para financiar sua campanha ao Governo da Bahia em 2006. De acordo com o ex-dirigente, a negociação envolvia o então presidente da empresa, o baiano José Gabrielli, e tinha ligação com a construção de um prédio em Salvador. A assessoria da Casa Civil ainda não se pronunciou sobre o assunto, alegando que não teve acesso ao conteúdo das declarações.