Após dois anos, Schumacher tem recuperação “blindada” pela família
Após dois anos, Schumacher tem recuperação “blindada” pela família
Há exatos dois anos, Michael Schumacher caía enquanto esquiava nas montanhas da região de Méribel, na França. A partir daí, teve início uma recuperação lenta e longe dos holofotes. Por desejo da família do maior campeão da Fórmula 1, poucas informações sobre o caso foram divulgadas. O que se sabe, no entanto, é que o alemão se recupera em sua casa, em Gland, na Suíça.
Na última segunda-feira (28), o advogado de Schumacher, Felix Damm, defendeu a vontade da família do ex-piloto de manter sigilo sobre o atual estado de saúde do alemão, apesar de ele ser uma figura pública.
“O acidente em si foi um evento da história contemporânea e deveria ser reportado. Mas não existe essa exigência (de dar informações) quando a recuperação é iniciada – o que aconteceu em um hospital e prossegue em casa agora – e o público é excluído”, afirmou em entrevista à agência de notícias alemã “DPA”.
Durante os dois anos, a imprensa internacional publicou informações sobre o estado de saúde do ex-piloto, mas quase todas foram desmentidas por sua assessora de imprensa, Sabine Kehm. Na mais recente, a revista “Bunte” afirmou que Schumacher já conseguia levantar o braço e dar alguns passos.
A informação, no entanto, foi rapidamente desmentida por Sabine. “Infelizmente, somos obrigados a dizer que as últimas informações anunciando uma recuperação no estado de saúde de Michael não correspondem aos fatos”, afirmou ao “Bild”. “Tais especulações são irresponsáveis porque a proteção da privacidade de Michael é muito importante dada a gravidade de seus ferimentos”.
A reclusão afeta, inclusive, pessoas próximas ao alemão em seu tempo de piloto. Recentemente, o ex-empresário Willi Weber criticou a mulher de Schumacher, Corinna, que estaria o impedindo de visitar o heptacampeão mundial de Fórmula 1.
“Corinna me impede de ter qualquer contato com Michael. Tentei várias vezes visitá-lo, sem sucesso. Eles sempre se recusam a me dar permissão para vê-lo. A situação é insustentável para mim e minha família sofre. Durante 25 anos, as nossas famílias estavam intimamente relacionadas e agora… ninguém pode entender”, reclamou ao “Bild”.
O acidente de 29 de dezembro de 2013 fez com que Schumacher tivesse um traumatismo craniano e ficasse nove meses internado, sendo seis deles em coma. Em setembro de 2014, ele foi transferido para sua casa em Gland, na Suíça, onde continua o tratamento.
Como piloto, Schumacher é considerado um dos melhores da história da Fórmula 1. É dele o maior número de títulos da categoria: sete. O alemão se aposentou em definitivo em 2012, depois de três anos correndo pela Mercedes ? ele já havia abandonado as pistas em 2006, mas voltou quatro temporadas depois.