PT afirma em nota que pedido de Impeachment não passa de sórdida vingança
PT afirma em nota que pedido de Impeachment não passa de sórdida vingança
A Comissão Executiva Nacional do PT disse, em nota divulgada hoje (4), que o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff acatado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na quarta-feira (2), não passa de ?sórdida vingança?. A comissão se reuniu na sede do PT, na capital paulista, durante a tarde.
?O pedido de impeachment, cujos autores se comprazem com o oportunismo do presidente da Câmara, não passa de sórdida vingança. Como se sabe, o indigitado mandatário, acuado por denúncias de corrupção e às voltas com dois processos à espera de manifestação do STF, respondeu com truculência e ilegalidade à rejeição de manobras espúrias para proteger o cargo e o mandato?, diz a nota distribuída à imprensa.
De acordo com o PT, Eduardo Cunha tentou trancar o processo contra ele no Conselho de Ética por meio de ?barganha espúria?, proposta ?prontamente repelida pelo partido?. ?A presidenta Dilma e o PT honraram compromissos históricos e rechaçaram o método da chantagem, reafirmando a disposição de defender, a qualquer custo, os valores éticos que sempre pautaram nossa conduta?.
Segundo o PT, o presidente da Câmara, então, reagiu com a abertura do processo de impeachment, ?sem qualquer embasamento na legislação vigente. Não há qualquer fato ou decisão, sob alçada da presidenta do país, que possa ser considerado crime de responsabilidade?.
A nota critica os grupos e partidos que defendem o impeachment, e afirma que eles desejam atropelar o resultado das eleições e destruir conquistas fundamentais do país. ?Não passa de uma ameaça golpista, um verdadeiro tapetão, que deve ser contestado nas ruas e nas instituições nacionais?.
O partido ainda pede que sua militância a inicie mobilização contra o impeachment: ?O Partido dos Trabalhadores se coloca em estado permanente de mobilização e convoca sua aguerrida militância a ocupar o lugar que lhe cabe, com firmeza e generosidade, nas trincheiras da democracia?.