Transalvador diz que radares são confiáveis e que casos como o da Paralela já aconteceram
Transalvador diz que radares são confiáveis e que casos como o da Paralela já aconteceram
A multa aplicada ao motorista Regivalter Alves de Brito que, de acordo com os sensores de velocidade da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), teria trafegado a 368 quilômetros por hora na Avenida Paralela, levou alguns condutores soteropolitanos a levantarem dúvidas sobre a confiança nos equipamentos. Uma delas foi a confiabilidade que o radar traz, já que, segundo os motoristas, poderia ter cometido erro semelhante por mais vezes.
Questionada na tarde desta quarta-feira (21) pelo Aratu Online, a assessoria da Transalvador explicou que não há motivos para desconfiança. O órgão detalhou que os fotossensores da cidade passam periodicamente por testes. Para isso, uma imagem é enviada à central de processamento. Ela contém um caractere que a identifica como não válida e serve para que a empresa avalie o funcionamento dos equipamentos. As imagens são descartadas e não geram notificação.
Foi um desses testes que levou ao erro no caso do motorista supostamente flagrado trafegando a 368 Km/h na Paralela. “Para que a imagem teste seja emitida, é necessário que o equipamento simule uma velocidade acima do permitido na via. Por segurança, tal velocidade é simulada sempre acima de 300 km/h”, apontou o órgão de trânsito.
A Transalvador diz que situações semelhantes a de Regivalter Alves aconteceram outras 22 vezes. Segundo o órgão, o caractere que as identificava como descartável foi ocultado, fazendo com que o sistema as validasse e gerando o conflito. O órgão atesta que, antes da divulgação feita pela imprensa, já havia identificado o problema e cancelado as notificações em seu sistema. Assim, todos cidadãos acionados de forma errada receberão uma correspondência da Transalvador comprovando a invalidação da notificação.
Na terça-feira, a Associação de Defesa e Proteção aos Proprietários, Condutores, e Usuários de Veículos Automotores (ABCV) disse ao Aratu Online que já havia ingressado com uma representação junto ao Ministério Público do Estado da Bahia. A Transalvador afirmou que vai aguardar ser acionada para se pronunciar.